Marcus Ericsson ganhou a corrida do "não tenho nada a ver com isso". O sueco venceu sua primeira prova na Fórmula Indy e a primeira em dez anos - desde a GP2 em 2011 - graças as um bom ritmo e a muita sorte nas duas bandeiras vermelhas que marcaram uma primeira disputa do fim de semana acidentada em Detroit.
A primeira interrupção da prova veio num enorme susto com o compatriota do vencedor, Felix Rosenqvist. O escandinavo ficou com o acelerador trancado e bateu seco nos pneus em uma curva de 90º. A violência da batida impressionou, mas o chassis Dallara do time McLaren aguentou bem e amorteceu o suficiente para não gerar ferimentos graves.
Ericsson tinha acabado de parar nos boxes e, com isso, praticamente herdou um pit-stop e a segunda colocação. Sua briga direta era com Will Power, já que Scott Dixon estava calçado nos pouco duráveis pneus macios e logo ficou pelo caminho. O australiano, por sua vez, liderava com autoridade a bordo de uma Penske finalmente bem ajustada.
No meio do pelotão, Takuma Sato e Pato O'Ward eram os grandes batalhadores, fazendo ultrapassagens e ganhando posições importantes para brigarem pelo pódio. A última parada nos pits veio e a dupla engatou no aerofólio do terceiro colocado, Rinus Veekay.
Throwing hands during a battle at Belle Isle. @PatricioOWard is not a fan of @TakumaSatoRacer's late-race aggression battling for fifth.
— NTT INDYCAR SERIES (@IndyCar) June 12, 2021
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Só que ninguém contava com Romain Grosjean estampar o muro a seis voltas da quadriculada preto e branca. A direção de prova decidiu por nova bandeira vermelha, para garantir disputas até o fim, já que um safety car não garantiria tempo para fazer a limpeza dos detritos e relargada.
Aí, a enorme zica voltou a se abater sobre Will Power. A poderosa Penske não conseguiu acionar o motor Chevrolet do seu carro, num aparente problema eletrônico. Ericsson herdou a liderança e, assim, sem ultrapassar nenhum dos rivais da ponta, relargou para sua vitória.
Takuma Sato era o segundo e tinha chance de atacar, mas bobeou na saída do pace car. Veekay deu o bote, enquanto o japonês sujou os pneus e fez embolar todo o meio do pelotão. Quem se deu mal nessa brincadeira foi Simon Pagenaud. Encaixotado, levou porrada de todo mundo e acabaria em 13º.
Lá na frente, Veekay não tinha pneus para atacar e foi acossado por O'Ward. Sem ser ameaçado, Ericsson cruzou em primeiro, com o holandês agarrado com unhas e dentes no segundo posto e o mexicano da McLaren em terceiro. Sato foi o quarto.
Bernardo Bercht