Hélio Castroneves buscou trazer evolução, mas evitou pedir mudanças demais à Meyer Shank Racing, enquanto tenta a sua quarta vitória nas 500 Milhas de Indianápolis. "Quando você mora numa casa por muito tempo e muda de casa, tem os móveis que vieram. E fica naquilo, onde encaixo essa mesa, essa cadeira. Então eu ainda estou encontrando esses acertos, essa sintonia", explicou o piloto brasileiro, ao ser questionado pelo PitLane no Media Day da Indy 500.
De acordo com Castroneves, adaptar tudo que aprendeu na Penske exigiria mais conhecimento e testes com o time, sem tempo hábil para isso. "Fica difícil eu passar muita informação, pois eu não sei como foi o desenvolvimento até chegar no ponto que estão", avaliou. "Que tipo de amortecedores usam, a altura do carro, os ângulos e carga de suspensão, como deu esse resultado para o time", detalhou. "Tivemos cinco dias de treino e fica difícil mudar muito."
Ainda assim, a MSR aproveitou a ampla experiência do tricampeão da Indy 500 para tirar aquelas milhas por hora a mais, principalmente na classificação. "Eu coloquei para eles algumas coisas que sabia que funcionam, e eles também usaram no outro carro e gostaram", contou o brasileiro, sem entregar os segredos e aproveitando para elogiar o crescimento da equipe. "Eu também estou contente com a performance e a maneira com que a equipe trabalha", definiu.
Depois de entrar com certa folga no Fast Nine, o treino que definiu a pole-position e os nove primeiros do grid, Castroneves usou um acerto de segurança na classificação definitiva. Vai largar em oitavo, no meio da terceira fila, com Ryan Hunter-Reay e Marcus Ericsson. Seu companheiro teve falha em um dos pneus na primeira tentativa e, depois, encaixou o 20º tempo na classificação.
Bernardo Bercht