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Verão

Especial

McLaren segue filosofia diferente com apostas mais convencionais na F1 2022

Projeto de James Key ainda importa ideias usadas no carro do ano passado para o novo regulamento

Conceitos diferentes para cada equipe | Foto: McLaren / Divulgação CP

Está ativada a laranja mecânica. A McLaren apresentou seu MCL36, nesta sexta-feira, e mostrou que cada time vai mesmo buscar seu caminho para o novo regulamento da Fórmula 1. Os conceitos do time britânico são totalmente diferentes da Aston Martin. Inclusive na pintura né? O MCL36 é interessante, mas enquanto o AMR22 ficou lindão nos seus tons de verde, a McLaren é uma mistureba indecisa de laranja, preto e azul. Na opinião deste escriba, horrorosa...

Mas carro bonito é o que ganha, então vamos ver as apostas da McLaren para chegar lá. Logo de cara, é tudo diferente. O bico é bem mais fino que o dos adversários, com um formato que levemente lembra um gancho. O projetista, James Key, manteve o aerofólio dianteiro numa altura mais próxima ao que estávamos acostumados nas regras antigas e sem aquela elevação perto da parte central para liberar fluxo de ar ao assoalho do carro.

Como o ângulo de ataque do aerofólio é menos íngreme do que o da Aston Martin, contudo, uma boa quantidade de ar ainda vai chegar à parte inferior das laterais. A McLaren, desta forma, vai numa proposta menos radical, a ideia é ter um downforce mais controlável, ainda que o potencial máximo do novo efeito solo, não seja aproveitável.

A opção por uma suspensão "pull-rod" também indica que os laranjos querem um carro com mais equilíbrio e aderência mecânica, aspecto que foi um problema para o time em algumas pistas de 2021. Com esse layout, o centro de massa das partes móveis na dianteira ficam mais perto do solo, melhorando o comportamento dinâmico do conjunto.

Seguimos adiante e achamos mais diferenças para o projeto de Andrew Green, na Aston. A McLaren não é nada gordinha na área que costumamos chamar de garrafa de Coca-Cola. Recebeu o velho tratamento de emagrecimento extremo que testemunhamos nas últimas temporadas. Como o carro é menor, para garantir espaço para baterias, motor, escapamentos etc, adotaram o manual da Alpine e aumentaram a largura da "chaminé" atrás do santantônio.

A vantagem é uma aerodinâmica com menos arrasto, dando mais velocidade nas retas. As desvantagens: massa em altura mais elevada na traseira do carro e, de novo, menos possibilidades de aproveitar o assoalho sob as laterais para gerar downforce. As entradas de ar laterais, por sua vez, são bem estreitas, mas muito mais convencionais que o modelo quadrado da Aston Martin.

Por fim, na traseira, a McLaren praticamente abdicou de uma barbatana sobre o capô e adotou uma saída para o escapamento centralizada bem convencional. O aerofólio parece ainda esconder seus truques, com menos desenvolvimento que o mostrado pelos rivais.

No geral, nada de muito errado com o bólido de Lando Norris e Daniel Ricciardo (fora a pintura!!!). No entanto, James Key foi bem mais conservador do que usualmente costuma mostrar. A tendência, contudo, é seguir forte na luta como terceira força.

Bernardo Bercht