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Verão

Especial

Protótipo Sigma da MC Tubarão vence os 500 km de São Paulo, em Interlagos

Equipe do RS largou na pole e recuperou a ponta antes de paralisação da prova por conta da chuva

Equipe de Campo Bom superou boas disputas na primeira vitória do seu protótipo | Foto: Claudio Kolodziej / ACP / Divulgação CP

Um protótipo e uma equipe do Rio Grande do Sul venceram, nesse domingo, os 500 Quilômetros de São Paulo. A 38ª edição da prova em Interlagos teve no degrau mais alto do pódio o trio Tiel Andrade / Paulo Sousa / Marcelo Vianna, com o protótipo Sigma-Ford da MC Tubarão, de Campo Bom.

O carro largou na pole-position, mas só conseguiu definir a vitória  nas voltas finais da competição, encerrada com 101 voltas, 15 a menos que o programado por causa das condições meteorológicas. Completaram o pódio na classificação geral o time formado por Eduardo Souza/Leandro Totti/Marcelo Henriques (MRX-Audi turbo) e a dupla Rick Bonadio/Rodrigo Pacheco (Mercedes Benz AMG GT4, categoria Força Livre). Nas demais categorias, foram vencedores Guga Ghizzo/José Villela Neto/Leo Yoshi (MRX-Honda, P2 Light) Luiz Abbade/Alejandro “El Príncipe” Cignetti (Spyder VW, P3) Rafael Kasai/Vinicius Salva/Otávio Camarcio (Chevrolet Celta 2.0, Turismo 2.0) e Luiz Finotti/Kaio Dias/Fabiano Gaspari (VW Passat 1.6, Turismo 1.6).

A largada dos 500 Km, originalmente prevista para as 14h, aconteceu com ligeiro atraso em decorrência de acidentes ocorridos em provas preliminares. A previsão era que as 116 voltas previstas seriam percorridas em cerca de três horas e meia, mas no briefing com os pilotos o diretor de prova Bruno Cabral adiantou a possibilidade de a prova ser encerrada antes do percurso total ser completado: “Eu mencionei isso aos pilotos, mas independente de ter sido falado ou não, o encerramento antes do previsto era uma questão de segurança. Se eu entendo que não há segurança por falta de luminosidade natural, isso me permite encerrar a competição”.

Dada com céu nublado e pista seca, a largada confirmou a expectativa de uma boa disputa entre os três primeiros colocados no grid, com o MRX-Audi turbo superando o Tubarão antes do S do Senna para assumir a liderança. O ABS01-Chevrolet de Ney Faustini/Ney de Sá Faustini, terceiro colocado no grid, assumiu o segundo lugar na segunda volta, mas abandonou logo em seguida por quebra do motor. O MRX-Honda também liderou algumas voltas na primeira fase da prova. Minutos depois, começou uma garoa que a cada volta umedecia um trecho diferente da pista, criando um desafio extra para os pilotos.

Ao fazer um pit stop na volta 56, o MRX-Audi teve um parafuso de roda preso e perdeu muito tempo no box, caindo para o quarto lugar. Pouco depois, a chuva aumentou o suficiente para molhar toda a pista. Nessa altura, o MRX-Audi já havia subido para a terceira posição, atrás do Tubarão Sigma e do MRX-Opel de José Tinoco/Ricardo Furquim. Na volta 89, a direção de prova acionou o safety car para remover dois carros que haviam parado na pista (um deles, o MRX-Opel). Aproveitando a vantagem de uma volta sobre o MRX-Audi, a equipe MC Tubarão chamou seu carro ao box para colocar pneus de chuva novos e trocar de piloto, com Tiel Andrade dando lugar a Marcelo Vianna. A direção de prova já havia estabelecido o horário limite das 18 horas para dar a bandeirada, independentemente do número de voltas percorridas pelos líderes.

Na relargada, o MRX-Audi tomou a liderança do Tubarão. Começou então uma disputa emocionante pela vitória, interrompida momentaneamente com outro período de safety car para remover o Spyder-VW número 75, que havia parado na entrada da Reta Oposta. Após a última relargada, o Tubarão Sigma e o MRX-Audi desceram a Reta Oposta lado a lado antes de Vianna assumir a liderança em definitivo.

Esta foi a primeira vitória de equipe e pilotos gaúchos em 39 edições dos 500 Km de São Paulo. Carlos Geison de Andrade, o Né, chefe da equipe gaúcha MC Tubarão, não escondia o alívio depois da corrida: “Quando começou a chuva, a gente tentou andar de slick, até que não tinha mais segurança. Paramos e trocamos para pneus de chuva, mas não tivemos tempo de treinar com o pneu e a altura do carro não estava certa. Tivemos que mexer nisso e perdemos mais 40 segundos. Ainda tínhamos mais uma parada, mas entramos com pneus certos e altura certa e conseguimos boa performance do carro. A gente vinha sofrendo muito desde o começo do ano, tivemos quebras, e até a semana passada a gente não ia correr nos 500 Km. Mas depois ponderei que esta seria a única corrida do ano em que a gente poderia mostrar a que o carro veio. E deu certo! Está todo mundo de parabéns”.

Projeto desenvolvido pela Sigma Engenharia, o protótipo usado pela MC Tubarão foi bastante modificado pelo time baseado em Campo Bom a partir do fim de 2021 e estreou nas pistas na abertura do Campeonato Brasileiro de Endurance de 2022. Após alguns abandonos nesse torneio, o modelo conquistou a pole position dos 500 Km de São Paulo. O spyder projetado para receber motor V8 agora é impulsionado por um Ford Duratec 2.0 turbo de quatro cilindros e já mostra evolução marcante. Além disso, o gaúcho Paulo Sousa praticamente só pilotou o carro na corrida, como ele explica: “Posso dizer que estreei com o Tubarão XI na corrida. Nos treinos, completei apenas uma volta por causa de um problema de câmbio. Eu tenho alguma experiência com protótipos e isso me ajudou. O carro é muito dócil de guiar e não tive problemas em me adaptar a esse modelo, que está cada vez mais competitivo”.

Tiel Andrade, piloto e um dos líderes da equipe, acredita que ainda há trabalho pela frente: “O nosso carro ainda tem um pouco de deficiência no seco, por ser um carro muito mole de chão, só que o acerto de suspensão que tínhamos no seco ficou perfeito na pista molhada. Meu stint foi a parte mais chata da corrida, mas eu só tive que manter o carro na pista e entregar o carro inteiro para o Marcelo”.

O paulista Marcelo Vianna já conhecia o Tubarão Sigma em outras provas e revelou mais detalhes sobre como a prova foi decidida: “O Paulo fez um primeiro stint fantástico e na janela do Tiel tivemos que fazer duas paradas imprevistas, uma por combustível e outra para colocar pneus de chuva. Quando eu peguei o carro, voltamos em segundo e foi aquela pauleira. Não foi uma prova fácil, mas foi um resultado merecido e mostra que o carro evoluiu bastante. Está mais fácil de guiar e contornando melhor as curvas. Daqui para a frente, vai melhorar muito mais”.

O time da LT Racing Team, classificado em segundo lugar na classificação geral, liderou a prova por várias voltas, sofreu um acidente na entrada da reta principal, recuperou duas voltas de diferença para o líder e nas voltas finais voltou a pontear o pelotão, à frente do Tubarão Sigma. Marcelo Henriques, um dos pilotos do trio que ficou em segundo lugar, elogiou o trabalho da LT Racing, liderada pelo experiente Leandro Totti, e explica o motivo da rodada ao iniciar seu stint: “Corridas são corridas. Em nossa última parada, nós conseguimos recuperar a liderança e o Totti acelerou muito, apesar de estar com pneus slick e nosso adversário com pneus de chuva. Infelizmente a corrida foi interrompida antes por problemas de luminosidade e acabamos em segundo. De qualquer forma, nossa equipe fez um excelente trabalho e todos estão de par

Correio do Povo