Interlagos entregou uma corridaça como sempre, e foi apenas a Sprint Race. Na prova mais curta que define o grida da principal, George Russell foi impecável, Lewis Hamilton deu show e a Mercedes garantiu a primeira fila. O jovem britânico foi para a briga com Max Verstappen, levou a melhor e cruzou para a vitória. A injustiça é que essa ainda não vai contar como triunfo oficial para sua estatística. Carlos Sainz também mandou bem para finalizar em segundo com a Ferrari, mas por conta de sua punição é Max Verstappen que largará em terceiro.
A largada teve muita festa da galera com Kevin Magnussen mantendo a ponta a bordo da sua Haas. O dinamarquês teve o gostinho de abrir até a terceira volta como líder, quando a arquibancada se dividiu entre urros pela ultrapassagem da Red Bull de Max e a frustração da Haas não ter mais chance de faturar o primeiro posto.
Mais atrás, Hamilton já tinha recortado o trânsito pela Margina Pinheiros, quer dizer, pela reta oposta e miolo do grid e surgia em quinto. Lando Norris não conseguiu o mesmo embalo e começou a perder posições com a McLaren. Mais atrás, Esteban Ocon deu duas fechadas fortes em Fernando Alonso e as Alpine se tocaram. O espanhol perdeu o aerofólio, o francês que só briga feito leão contra companheiros de equipe, danificou o assoalho.
Frustrado, o espanhol nunca abandona uma briga e foi para os pits. Perdeu 30 segundos para o pelotão, mas voltou voando. Ocon perdeu muito ritmo e foi perdendo posição por posição, sem qualquer ritmo.
O frenesi começou lá na frente, com George Russell atacando Verstappen. Tentou uma vez, não conseguiu. Quando ia de novo, Alex Albon quebrou o motor e causou uma bandeira amarela na entra do S do Senna. Mas tinha jogo. Charles Leclerc passou Magnussen, Sebastian Vettel evitou um acidente ao ser espremido para a grama pelo colega de Aston Martin, Stroll. Em seguida, passou quem podia para ser o nono colocado.
Enfim, passando a metade da Sprint, as arquibancadas explodiram em festa quando Russell atacou com tudo e foi embora com a liderança. Verstappen não tinha ritmo e logo viu Sainz pegar vácuo, abrir asa e se atirar no S. A dupla se tocou o que acabou quebrando a asa da Red Bull. Aí a festa foi completa para os brasileiros, pois Hamilton embutiu e ensaiou já no miolo a ultrapassagem.
Tentou por fora, a la Senna em 1993, na subida para o Laranjinha, mas não rolou. Tentou por fora até na Junção. Veio a reta, contudo, e não teve jeito para o holandês segurar o britânico.
No fim do pelotão, a ironia acontecia misturada com a teimosia talentosa de Alonso. O espanhol voltou, conseguiu descontar a diferença e passou Latifi. Não tirou o pé e logo estava ativava o DRS em cima de quem? Ocon, com o carro todo esquisito o francês não resistiu dessa vez. Alonso ainda foi buscar Yuki Tsunoda para finalizar em 15º e pelo menos ver os pontos a uma distância menor.
Lá na frente, Russell cruzou com o primeiro lugar da Sprint, sem ser ameaçado. Sainz e Hamilton vieram em seguida, com Perez segurando os ataques e fechando em quinto atrás de Verstappen. O sexto foi Charles Leclerc, bem apagado na comparação com Sainz; seguido de Norris e do combativo Magnussen com o pontinho final do dia. Vettel e Pierre Gasly completaram o top ten.
SPRINT CLASSIFICATION
— Formula 1 (@F1) November 12, 2022
George Russell takes a maiden #F1Sprint win!!! #BrazilGP #F1 pic.twitter.com/9BTsiqJkHi
Bernardo Bercht, direto de Interlagos