person Entrar

Capa

Notíciasarrow_rightarrow_drop_down

Esportesarrow_rightarrow_drop_down

Arte & Agendaarrow_rightarrow_drop_down

Blogsarrow_rightarrow_drop_down

Jornal com Tecnologia

Viva Bemarrow_rightarrow_drop_down

Verão

Especial

Um passo à frente - Drugovich analisa evolução para disputar título na Fórmula 2

Brasileiro comenta em entrevista trabalho com nova equipe para entrar na vitrine da Fórmula 1

Segunda temporada será decisiva para brasileiro de olho na F1 | Foto: Dutch Photo Agency / Divulgação CP

A Fórmula 1 é o próximo degrau, mas tal qual Neil Armstrong pisando na Lua, subir da Fórmula 2 para a categoria principal é um "grande salto", ainda mais sem o apoio direto de uma montadora ou patrocinador pessoal. Aí, só a pista resolve e, para conseguir o feito, o brasileiro Felipe Drugovich acredita que mudar para a equipe UniVirtuosi foi essencial: "Estou um passo a frente nessa caminhada".

O piloto paranaense estreou na categoria com três vitórias, a bordo da mediana equipe holandesa MP Motorsports. Apesar da franca evolução do time, contudo, Drugovich assinou com uma das três maiores e mais experientes escuderias em 2021. O desafio, contudo, é encarar o terceiro piloto e grande promessa da Renault/Alpine, o chinês Guanyu Zhou. "A principal diferença é que a UniVirtuosi tem muito mais experiência no campeonato. Meu engenheiro do ano passado era muito bom, mas vinha da Fórmula 3, a gente teve que aprender junto, pois não tinha experiência em cada pista e precisava evoluir dali", avalia Drugovich.

"Agora todos tem mais know-how, eles já sabem, dependendo da pistam se tem que andar de um jeito ou de outro. Começa o fim de semana um nível na frente", pondera o piloto. "Tudo fica mais automatizado. Todos estão juntos há 10 anos e sabem o que fazer. As coisas acontecem naturalmente. Reflete na pista e a gente acha um acerto bom para o carro e tem a troca de informações certas", reforça.

Sobre a disputa com um companheiro de equipe "queridinho da fábrica" e já contratado pela Fórmula 1, ele crer ser positivo. "Foi bom ter um cara experiente no começo. O Zhou está no terceiro ano com a Virtuosi, está bem adaptado com tudo que é procedimento", salienta. "Ao mesmo tempo, no fim das contas não muda muito, você quer aprender o que der e ser mais rápido que ele", afirma o brasileiro. "Eu corri com o Nobharu Matsushita ano passado, que foi piloto da Toro Rosso e chegou a ter contatos com a Honda para a F1. Ele não conseguiu andar bem e eu superei", lembra Drugovich. "O Zhou está muito bem, conhece tudo, mas no fim das contas, eu me comporto para superar o cara. Como fiz em 2020."

A abertura do campeonato, no Bahrein, trouxe somente dois pontos e algumas frustrações, mas a velocidade está lá. "Foi um fim de semana em que muitas coisas aconteceram para mostrar que não era para ser, a minha corrida", admite o piloto. "A gente fez primeiro tempo com pneus duros, depois lideramos a classificação e finalizamos em terceiro. Depois disso, nas corridas nada deu certo", frustra-se. Uma fechada involuntária de Zhou danificou seu carro, depois um safety car estragou a tática de pits e, no fim, sobraram os pontinhos. Drugovich lembra, entretanto, que Mick Schumacher começou com dificuldades em 2020 e terminou campeão, com vaga na F1. "Tem muito chão para a gente recuperar."

O próximo desafio, por sinal, será especial, enfrentar as ruas do principado de Mônaco. "Teremos treinos em Barcelona, três dias. Eu vou na fábrica para estudar umas coisas com a equipe e fazer outro banco, além de andar no simulador. Sem nunca ter guiado em Mônaco, isso vai ser crucial", conta Drugovich. "As expectativas são boas, a equipe sempre foi rápida, mas eu nunca guiei lá. Vou ter que aprender tudo em 40 minutos", projeta, citando os poucos treinos livres da categoria na pista.

A nostalgia também gera expectativa no piloto. "Vai ser super legal correr em Mônaco. Eu só tive contato com pista assim em Macau, que é bem diferente e mais extrema. Eu gostei e acredito que vou gostar de Mônaco também", avalia o brasileiro. "E tem um significado muito grande para nós né, pela história do Ayrton Senna e tudo mais", acrescenta ele. Mesmo tendo nascido depois da morte do tricampeão, Drugovich sabe de cada uma das seis vitórias do Rei de Mônaco.

 

Bernardo Bercht