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Verão

Especial

De Cillian Murphy a Martin Scorsese

Crítico de cinema Marcos Santuario aborda, direto de Berlim, as presenças do ator e do diretor, este que recebeu o Urso de Ouro Honorário na Berlinale

| Foto: Marcos Santuario / Especial / CP

Cillian Murphy esbanjou simpatia em sua presença no Festival Internacional de Berlim desde sua chegada. Personagem principal de um dos filmes da competição oficial, Murphy ainda festeja o momento de sua carreia. No último domingo, o protagonista da série “Peaky Blinders”, viu seu “Openheimer” levar o Bafta, abrindo ainda mais o caminho rumo à estatueta do Oscar. Ele é uma das estrelas que marcaram esta edição da Berlinale, que teve Sharon Stone, Stephen Fry, Matt Damon, Saiorse Ronan, Gael Garcia Bernal e Kristen Stuart, entre outros, em seus tapetes vermelhos e arredores.

Mas a estrela maior, que dispensa justificativas, é do homenageado especial desta edição, Martin Scorsese. Da chegada à Berlim à concorridíssima sessão em que falou com inscritos e convidados, passando pela coletiva de imprensa, Scorsese deixa sua marca na Berlinale. Além de uma retrospectiva com alguns de seus filmes, a Berlinale homenageou esta semana o já cultuado diretor com um Urso de Ouro Honorário.

Desde 1967, dirigiu 26 longas e tantos outros documentários. Enquanto seu recente “Assassinos da Lua das Flores” ainda ecoa em várias partes do mundo e aguarda o resultado das indicações que teve ao Oscar 2024, Scorsese segue pensativo, intuitivo e produtivo. Não precisa provar nada mais para ninguém. Mesmo sem receber nenhum prêmio entre suas indicações no Bafta da última semana, ele segue em frente. Em algum momento foi acusado de glorificar a violência, sem condenar diretamente o comportamento de seus personagens. Ele que, antes de descobrir a paixão pelos filmes queria ser sacerdote, já enfureceu a igreja com seu “A Última Tentação de Cristo”. Conquistou detratores também quando declarou que filmes da Marvel não eram cinema. Também já comentou que o streaming estava diminuindo o cinema, mas acabou se associando à Netflix. E ainda há aqueles que desejam ver mais personagens femininas em seus filmes. Verdadeiras ou não, legítimas ou não, estas críticas vão acompanhando o cineasta em todo seu processo.

E ele segue criando. E já avisou: “seguirei”. Sorte nossa.

Correio do Povo