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Especial

CPI da Covid amplia tensão e Bolsonaro reage

Até o momento, dois ex-ministros da Saúde já foram escutados. Há expectativas pelo próximo

Ex-ministro falou durante horas em longo depoimento | Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado/CP

A CPI da Covid, que ouviu, nesta quarta-feira, a segunda testemunha, o ex-ministro da Saúde Nelson Teich, ampliou a pressão sobre o Planalto colocando iniciativas erráticas sob os holofotes. A reação ao cenário foi protagonizada pelo presidente Jair Bolsonaro, pessoalmente. Nesta terça-feira, antecessor de Teich, Luiz Henrique Mandetta falou por mais de sete horas aos senadores.

Em evento no Planalto, realizado pelo Ministério das Comunicações, enquanto Teich era ouvido, Bolsonaro afirmou que as ruas já começam a pedir um decreto. “Se eu baixar um decreto, vai ser cumprido, não será contestado por nenhum tribunal”, declarou Bolsonaro, em clara menção ao Supremo Tribunal Federal, instituição com a qual vem protagonizando sucessivas quedas de braço.

O decreto citado por Bolsonaro seria referente a vedar prerrogativas de governadores e prefeitos a estabelecerem restrições ao comércio e em atividades econômicas. “Sei que o Legislativo não contestará”, emendou. No mesmo evento, o presidente afirmou que “canalha é aquele que é contra o tratamento precoce e não apresenta alternativa, esse é um canalha” e levantou mais uma vez dúvidas sobre a origem do vírus, sem citar a China nominalmente.

Tanto Mandetta, que foi demitido, quanto Teich, que pediu para sair, segundo ele, por falta de autonomia, criticaram o uso de hidroxicloroquina e sustentaram que o presidente mantinha um grupo de orientação paralelo, que não considerava as orientações da ciência. Foram dois testemunhos até aqui.

Na quinta-feira será a vez do atual titular da pasta, Marcelo Queiroga, às 10h, e do presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, às 14h. Na próxima terça-feira, será a vez do ex-chefe da Secretaria de Comunicação do governo federal Fabio Wajngarten, da presidente da Pfizer, Marta Díez, e de seu antecessor, Carlos Murillo. No dia seguinte, a CPI ouvirá o diretor do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas, e a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima. E, na quinta-feira, o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo.

A máxima de que todo mundo sabe como começa, mas ninguém sabe como termina uma CPI talvez nunca antes tenha sido tão adequada. Ainda há muito pela frente, com destaque para os depoimentos de Eduardo Pazuello, dia 19, e do ministro da Economia, Paulo Guedes, cujo requerimento ainda precisa ser aprovado. 

Taline Oppitz