A janela partidária, que se encerra na próxima sexta-feira, pode representar mais um baque para o PSDB. Em São Paulo, por exemplo, berço de fundação do partido, o PSDB corre o risco de amargar a debandada dos oito vereadores tucanos.
Os desembarques são reflexo de mais uma crise deflagrada por um racha que tem como protagonistas lideranças nacionais, entre elas, o governador gaúcho Eduardo Leite, um dos principais expoentes tucanos, que trabalha para viabilizar sua candidatura ao Planalto em 2026.
O motivo das desavenças é a resistência à aliança com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que conta com o apoio de Jair Bolsonaro (PL) e da bancada tucana na Câmara. A executiva municipal do PSDB em São Paulo descartou o apoio a Nunes e está articulando parceria com Tábata Amaral (PSB).
A candidatura própria, no entanto, também seria uma possibilidade.
Enfrentando crises e rachas sucessivos, o PSDB estava acostumado ao protagonismo nacional, polarizando as eleições à presidência da República por mais de duas décadas com o PT.
Atualmente, no entanto, tornou-se um nanico. O partido foi atropelado pelo fenômeno Bolsonaro em 2018 e, de lá para cá, segue encolhendo. Hoje, a bancada do PSDB na Câmara dos Deputados conta com 12 parlamentares.
Taline Oppitz