Considerada estratégica, a candidatura própria à prefeitura de Porto Alegre está mobilizando lideranças. Neste cenário, Ranolfo Vieira Júnior se tornou a principal aposta do partido, após a recusa de Nadine Anflor em participar da disputa. O governador Eduardo Leite teria feito o convite a Ranolfo. A resposta é urgente e a decisão, difícil, pois envolve uma série de fatores.
A eventual candidatura precisa observar prazos que estão acabando. Se decidir concorrer, Ranolfo precisa, até o dia 6, portanto, neste sábado, se afastar do cargo de vice-presidente e diretor de Operações do BRDE. A data de afastamento, devido ao cargo do ex-governador no banco, deixa margem para interpretações distintas, mas para evitar questionamentos futuros, o prazo de seis meses antes da eleição deve ser observado.
Há ainda a previsão, considerando a regra de rodízio, de que Ranolfo assuma, no segundo semestre, o comando do BRDE, outro fator que pesa para sua decisão. Se aceitar o desafio ele precisará ainda, até sábado, trocar seu domicílio eleitoral de Esteio para Porto Alegre.
Se disser não, os tucanos buscarão outro nome, aí, com mais tempo. Conforme antecipado pela coluna, a avaliação da cúpula do PSDB é a de que a candidatura é estratégica para garantir vitrine e defesa da administração de Leite no Estado, realizando o recorte em relação aos desdobramentos positivos das ações para a Capital gaúcha.
A tática passa não apenas pela preocupação com a sucessão de 2026 ao Piratini, mas também pelos planos de Leite de disputar a presidência da República.
Taline Oppitz