As mudanças promovidas no projeto, que entre outros pontos mantém a majoração das alíquotas do ICMS, agora por três anos, ao invés de quatro, não foram suficientes para garantir os votos necessários à aprovação do texto. O governo tinha a expectativa de conseguir viabilizar a votação na sessão de hoje, após a pauta ser invertida e a proposta ficar para o final. Nada feito. Nova tentativa deve ocorrer amanhã.
A bancada do MDB irá se reunir apenas hoje, às 11h, para definir posição e o fechamento de questão não é garantido, deixando margem para liberação, situação que pode favorecer o Executivo. Maior da base, a bancada do MDB, que segue resistente, tem sido decisiva em projetos polêmicos, mas, neste caso, as críticas se espalham por diversos partidos aliados, entre eles o PP, que irá liberar deputados para votarem de acordo com suas decisões. Até ontem à tarde, segundo o mapa traçado pelos articuladores, o PSDB, partido do governador, estava fechado, com quatro votos favoráveis, apesar da cautela de Zilá Breitenbach. São algumas variáveis em jogo na estratégia visando garantir a aprovação. Como o governo precisa de maioria simples, a abstenção ou a ausência de deputados com votos contrários ao texto ajudam o Executivo.
TALINE OPPITZ