As adversidades climáticas vão fazer parte do novo normal das nossas vidas. Isto é fato. Acontecimentos que antes eram isolados e esporádicos, como os temporais e vendavais, tendem a ser mais permanentes e severos. Logicamente, os seus efeitos são cada vez mais drásticos. Para além dos transtornos à rotina, como falta de energia, destruições e bloqueios de vias, essas ocorrências representam risco à vida.
No ano passado, no Rio Grande do Sul, foram dezenas de mortes. Na noite de terça-feira houve um óbito em Cachoeirinha. E o alerta para novos temporais no Estado permanece até esta quinta-feira. Assim, mais do que nunca é fundamental que o assunto seja tratado com seriedade por todos, especialmente no campo político.
Cabe aos governos, em todas as esferas, atuarem em ações de prevenção, com informações e alertas, mas também com planos de pronta resposta. Em ano de eleições municipais, parece mais do que urgente que o assunto receba destaque na campanha e nas propostas dos futuros postulantes, além de um debate responsável. Amenizar os problemas provocados pela crise climática é um desafio de longo prazo, mas que já está atrasada. Há décadas existe o alerta. Pois bem, agora estava enfrentando as suas consequências. Logo, o tema precisa ser prioridade. Caso contrário, a destruição será cada vez maior.
Mauren Xavier