A pouco mais de dez meses para a abertura da janela do troca-troca partidário, visando as eleições de 2024, a pauta já mobiliza partidos, dirigentes e vereadores. Os focos são tentar minimizar desembarques e atrair pré-candidatos competitivos. Os movimentos já começaram. Como antecipado pela coluna, vereadores como Cassiá Carpes e Mônica Leal, ambos do PP, não escondem suas insatisfações e estão com os dois pés fora do partido. Após a publicação da informação, a direção do PP encaminhou nota à coluna. O presidente Vitor Alcântara afirmou que o PP da Capital “vive um belo momento de unidade e convergência”. Segundo ele, os comentários relativos às mudanças por parte de vereadores do PP se deve “exclusivamente a uma visão de chances maiores ou menores de encaminharem reeleições”. O dirigente lamentou, no entanto, eventuais ruídos.
Presidente do PSDB em Porto Alegre, o vereador Moisés Barboza reconhece a preocupação com baixas, mas confia que “alguns irão, mas outros virão”, mencionando “pragmatismo total”. Moisés garante que seguirá no PSDB, mas dá como certa a saída do colega de bancada Ramiro Rosário. “Ele não fala abertamente, mas a cabeça do Rosário já está com o Novo. Ele vota e senta com os vereadores do Novo”, disse.
O dirigente tucano não minimiza os problemas do PSDB, que se transformou praticamente em um nanico nas eleições de 2022, e afirma que o grande desafio de Eduardo Leite, no comando nacional, é o de retomar partes do manifesto de criação do partido como o de ficar “longe das benesses oficiais, mas perto do pulsar das ruas”. Sobre 2026, Moisés acredita que se o PSDB der condições políticas a Leite, o governador será candidato ao Planalto.
Taline Oppitz