Infantino não fez avaliações políticas sobre a Rússia. "O futebol não pode resolver todos os problemas do mundo", disse, antes de acrescentar que "existem muitas injustiças", ao mesmo tempo que defendeu o papel da Fifa. "No mundo falta capacidade de diálogo, entendimento, um pouco de respeito, e assim não podemos avançar. Se o futebol conseguir contribuir para este diálogo e para que aqueles que têm que tomar as decisões no mundo conversem, teremo conseguido algo", afirmou.
O dirigente recordou também que a "Rússia mudou muito e se tornou um país do futebol, não apenas pela organização da Copa do Mundo, mas porque graças ao trabalho realizado, às infraestruturas criadas, o rendimento de sua seleção, o futebol faz parte, a partir de agora, do DNA deste país". "Quase um milhão de pessoas vieram a esta Copa do Mundo, a todas as cidades da Rússia, e encontraram a beleza deste país acolhedor, um país disposto de demonstrar que a realidade que mostram os meios de comunicação não é real. Um país rico em cultura, história... que faz parte da história da humanidade", completou.
Infantino não usou terno durante a entrevista e sim a roupa dos voluntários, como uma forma de homenagem a todos que participaram na organização do Mundial. Ele também recordou os meninos de um time de futebol resgatados de uma caverna da Tailândia e enviou pêsames "em nome da Fifa" à família do mergulhador que faleceu na missão de resgate.
AFP