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Advogado de ex-presidente da CBF questiona Fifa por não punir Del Nero

Defesa sugeriu que a confederação tem um código de ética maleável, já que "trata de maneira diferente" os dois casos

Defesa sugeriu que a confederação tem um código de ética maleável, já que "trata de maneira diferente" os dois casos | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil / CP
O advogado do ex-presidente da CBF José Maria Marin questionou nesta segunda-feira por que motivo Marco Polo del Nero, um dos 42 acusados no escândalo Fifa, permanece na presidência da Confederação Brasileira de Futebol e não foi punido pela Federação Internacional.

Segundo várias testemunhas, entre elas o empresário argentino Alejandro Burzaco, da Torneos y Competencias, Marín e Del Nero repartiram subornos milionários em troca de contratos de transmissão de partidas amistosas e de jogos oficiais na Copa Libertadores e na Copa América.

Os advogados de Marin afirmam que Del Nero era quem tomava as decisões, e que seu cliente atuava apenas como um "jogador passivo", sem muita ideia do que fazia. Ao interrogar uma testemunha nesta segunda-feira, o advogado Jim Mitchell sugeriu que a Fifa - que expulsou Marin - tem um código de ética maleável, já que trata de maneira diferente seu cliente e Del Nero.

Marin, 85 anos, foi detido em Zurique no dia 27 de maio de 2015 e desde então cumpre prisão domiciliar em seu apartamento na Trump Tower, na Quinta Avenida. Após a detenção de Marin, o vice Del Nero assumiu a direção da CBF, mas não sai do Brasil desde dezembro de 2015, data de seu indiciamento.

A juíza Pamela Chen, encarregada do caso, disse a Mitchell que ele não pode inferir sobre os motivos da Fifa para manter Del Nero no cargo. "Quem sabe o que isto significa? Talvez ele tenha amigos em altos cargos". A Promotoria alega que Marin recebeu 1,5 milhão de dólares em subornos pelos direitos de transmissão da Copa América-2013, e meio milhão de dólares pela Copa Libertadores do mesmo ano, depositados na conta de sua empresa Firelli em Nova York.

Marin é um dos três réus no julgamento em Nova York, ao lado do ex-presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol Juan Angel Napout e do ex-chefe do futebol peruano Manuel Burga.

AFP