"É impossível ganhar a Volta da França sem doping porque é uma prova de resistência na qual o oxigênio é fundamental", disse Armstrong. "Para dar só um exemplo, a EPO não vai ajudar um velocista a ganhar os 100 metros, mas pode ser determinante para um corredor de 10 mil metros. É óbvio", acrescentou o americano.
Armstrong disse na entrevista ao jornal francês que não inventou o doping. "Existe desde a antiguidade e existirá sempre. Não acabará nunca", afirmou. Em outubro do ano passado, União Ciclística Internacional (UCI) retirou de Armstrong quase todas as suas vitórias, depois de um relatório da Agência Americana Antidoping (USADA) que apresentava centenas de evidências de que o atleta utilizou doping sistematicamente durante a carreira.
Armstrong reconheceu a gravidade da grande mentira que alimentou durante muitos anos. "Nunca poderei reparar tudo, mas passarei a vida tentando", disse.
AFP