Por duas vezes, o mundo pareceu estar contra o Boca, ou pelo menos toda a nação do Uruguai. Aos 20 minutos, em um cruzamento despretensioso do Nacional, Cata Díaz entrou de carrinho e mandou contra as próprias redes, anotando 1 a 0 para os visitantes.
Mas a torcida matou no peito e empurrou, incansavelmente. O empate não saiu no primeiro tempo, mas sofrendo até os 27 minutos da segunda, os xeneizes finalmente desabafaram num enorme grito de gol. Pavón invadiu a área pela direita e chutou cruzado, sem chances para o goleiro, definindo o 1 a 1. Para manter o drama, levou o segundo amarelo por tirar a camisa na comemoração. Acabou expulso.
A decisão foi mesmo para os pênaltis. Cada time anotou os dois primeiros chutes, mas Pablo Pérez parou nas mãos de Conde na terceira cobrança do Boca. Porras podia deixar o Nacional na frente, mas viu Orión brilhar. Os uruguaios não acertariam mais a mira até o fim. Conde defendeu a cobrança de Insaurralde, mas Orión virou uma muralha, pegando o chute de Romero.
Ainda assim, os argentinos precisavam marcar a última penalidade para igualar. O lateral Fabra correu para a bola, mas ao invés de um chute, deu uma colocadinha a la Maradona. Morreu nas redes, com o goleiro no canto oposto incrédulo. Na decisão por cobranças alternadas, Caballo mandou uma bomba no meio do gol e Orión pegou. Carrizo também apostou no chute centralizado, só que Conde escolheu canto. A bola entrou e fez tremer a Bombonera, que vai assombrar muita gente na semifinal da Libertadores.
Correio do Povo