“Como todos os argentinos, eu me interesso pelo jogo. Não sou torcedora de nenhum deles. Sou Independiente, mas quero que o Boca vença porque meus filhos torcem. O G-20, eu sei lá”, diz Rosa Zárate, vendedora de camisas no centro de Buenos Aires.
Desde que o Boca se classificou para a final ao superar o Palmeiras na semifinal, dia 1° de novembro, Gustavo D'Atolo brinda pela sétima taça. “Contra o arquirrival, vai ser muito melhor. Tenho fé no Boca”, diz confiante. Torcedor declarado do River, José Cao trabalha em uma banca de jornal na zona bancária de Buenos Aires: “Com o G-20 está tudo perdido, então prefiro pensar no jogo”.
Daniel Crosta, torcedor do Boca de 64 anos, avalia que o G-20 “não muda nada” em sua vida, enquanto o Superclássico é “apaixonante”. “Operei o coração há dez meses e fico muito nervoso. Ultimamente andamos mal contra o River, é um jogo difícil, mas nunca se pode dar o Boca por morto”, afirma Crosta, que verá o jogo só em reprise, não ao vivo - para sobreviver, diz.
Fabiola Maraneda, 42 anos, se diz apaixonada por política e história, o que a deixa interessada no G-20. Mesmo assim, nada comparado à ansiedade pelo jogo de sábado: “Não consigo nem expressar meus sentimentos”.
Correio do Povo