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Especial

Consternação em Portugal após insultos racistas a Marega

Mundo do futebol e os dirigentes políticos mostraram sua solidariedade com o jogador do Porto, o franco-malinense Moussa Marega

Alex Telles foi um dos companheiros que tentou impedir a saída de campo do franco-malinense Moussa Marega, agredido com insultos racistas | Foto: Miguel Riopa / AFP / CP

O mundo do futebol e os dirigentes políticos portugueses lamentaram nesta segunda-feira e mostraram sua solidariedade com o jogador do Porto, o franco-malinense Moussa Marega, que no último domingo deixou o campo no meio da partida por ter sofrido insultos racistas. "Moussa Marega foi alvo de insultos racistas que devem ser severamente repreendidos", declarou a Federação Portuguesa de Futebol, enquanto a Liga se comprometeu a "fazer todo o possível para que esse episódio de racismo não corra o risco de não ser sancionado". "Temos que expressar nossa solidariedade com ele e nosso repúdio total a esse tipo de comportamento", declarou o primeiro-ministro, Antonio Costa.

O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, por sua vez, alertou contra as consequências dramáticas do racismo e da xenofobia. A Federação de Futebol do Mali (Femafoot) também mostrou seu "apoio total e sua solidariedade" com o jogador de 28 anos, afirmando em comunicado ter acompanhado "com consternação e indignação os atos racistas dos quais ele foi vítima".

A associação portuguesa SOS Racismo pediu que os autores dos gritos racistas sejam "severamente punidos", ao mesmo tempo que mostrou preocupação por um fenômeno que acredita ser "transversal à sociedade portuguesa". Para o astro holandês do futebol, Ruud Gullit, as duas equipes deveriam ter deixado o campo quando o incidente aconteceu: "Seus colegas deveriam tê-lo protegido, assim como o time adversário, dizendo 'todos sairemos do campo'. Isso é o que mais me decepciona", ressaltou ele em Berlim.

A polícia portuguesa analisa as imagens das câmeras de segurança do estádio para identificar os torcedores que insultaram Marega. No último domingo, esse jogador decidiu deixar o campo aos 71 minutos da partida contra o Vitoria.

Após marcar o gol que fez seu time vencer, aos 60 minutos, ele deixou o campo 11 minutos depois porque torcedores gritavam cantos racistas e imitavam macacos. Colegas de time e adversários tentaram impedi-lo de sair da partida, mas ele seguiu para o vestuário acompanhado de alguns membros da equipe e do técnico do Porto.

AFP