“Não é um jogo a mais, pois todo árbitro sonha ser designado para uma partida como essa, um clássico e em uma final de campeonato. Sempre foi um desejo meu e isso cria um grau de expectativa muito grande”, afirmou Daronco. “Se o árbitro almeja um degrau a mais na arbitragem ou conquistas maiores, ele tem que saber lidar com a carga emocional. Muitas vezes são brincadeiras (que ele escuta nas ruas), mas que podem se tornar sérias, então, temos que saber tirar isso de letra para que não venha interferir na nossa atuação no jogo”, completou.
O árbitro evita comentar qual o estilo que pretende utilizar no Gre-Nal do próximo domingo. O objetivo é não cair em contradição, pois cada partida tem uma exigência e Daronco quer “sentir” o jogo.
“O jogo fala e o árbitro sente. De acordo com o sentimento que tivermos na partida serão as nossas ações no que diz respeito em manter o controle da partida. Tendo esse controle, a possibilidade de ter o acerto técnico nas decisões aumenta consideravelmente”, declarou o juiz.
Daronco explicou ainda como irá se comunicar com os capitães das equipes. “Sempre faço questão de frisar no momento do sorteio que os capitães são capitães da sua equipe e não porta-voz dos times junto à arbitragem. Isso não está em lugar nenhum e até onde conheço a regras do futebol nunca existiram. O comportamento do capitão tem que ser o mesmo dos demais jogadores. Ele é o representante da sua equipe em um momento ou outro no que diz respeito na contenção dos seus atletas. Nenhuma prerrogativa a mais ou algum privilégio com a arbitragem”, disse.
Daronco ingressou na Federação Gaúcha de Futebol em 1999, recebeu o escudo de árbitro da Fifa em janeiro e é reconhecido como um dos melhores do país.
Correio do Povo e Rádio Guaíba