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De saída, Sampaoli é xingado no retorno ao Chile

Nova cúpula está em busca de uma nova credibilidade

De saída, Sampaoli é xingado no retorno ao Chile | Foto: Martin Bernetti / AFP / CP Memória
De ídolo a vilão, o técnico argentino Jorge Sampaoli chegou a Santiago em meio a insultos de torcedores inconformados com sua intenção de renunciar ao cargo seis meses depois de conquistar o título inédito da Copa América.

O retorno caótico de Sampaoli de Zurique, onde participou da cerimônia de entrega do prêmio Bola de Ouro, acontece dois dias depois do treinador causar grande polêmica ao se considerar "refém" do futebol chileno. "Neste ambiente, já não quero trabalhar nem viver nesse país. Nunca imaginei que em tão pouco tempo iriam destruir a imagem de um ídolo que deu tanto ao futebol chileno", disparou o argentino em entrevista ao portal chileno Faro Deportivo.

Essas declarações acabaram com as esperanças da nova diretoria da Associação do Futebol Chileno de fazer com que o técnico permaneça no comando da seleção. A nova cúpula está em busca de uma nova credibilidade, depois do escândalo provocado pela saída do ex-presidente Sergio Jadue, que se entregou à justiça americana sob acusações de corrupção na negociação de direitos de transmissão.

Foi Jadue quem costurou o contrato de Sampaoli, com uma multa rescisória de mais de 6 milhões de dólares caso o argentino deixe o cargo. O técnico pretende aproveitar a mudança de comando na federação para anular o efeito dessa clausula e sair livre sem pagar um centavo.

Bielsa cotado

O argentino ficou chateado com os dirigentes da federação chilena de futebol (ANFC) pelo vazamento à imprensa dos valores de seu contrato pouco antes das eleições presidenciais da entidade e, apesar de ter recebido o respaldo do novo presidente eleito, Arturo Salah, acredita que chegou o momento para uma mudança de ares.

"O raciocínio é que, a partir dos fatos de conhecimento público, da saída do presidente (Sergio Jadue, envolvido no caso de corrupção na Fifa) e dos fatos que foram veiculados, que não têm nada a ver com o futebol e complicaram mais o aspecto humano do que o futebolístico, informamos à nova diretoria que não nos sentimos cômodos com a situação e que o ideal seria que, devido a esses acontecimentos, não temos a energia para continuar", declarou Sampaoli em entrevista ao jornal espanhol AS.

"Estamos negociando com eles uma maneira de encontrar uma solução", completou o técnico. O clima tenso coloca em dúvida o futuro da 'Roja', que começou bem as eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, com vitórias sobre Brasil (2-0) e Peru (4-3), mas em seguida empatou em casa com a Colômbia (1-1) e foi atropelado pelo Uruguai (3-0).

A próxima partida será contra a Argentina de Messi, no dia 24 de março, em Santiago. Um dos cotados para assumir o cargo é outro argentino Marcelo Bielsa, que já comandou a 'Roja' de 2007 a 2010, e sempre foi considerado a grande fonte de inspiração do próprio Sampaoli.

"El Loco" está livre de qualquer compromisso desde que pediu demissão do Olympique de Marselha, em agosto.
Outro candidato é o também argentino Eduardo Berizzo, atual técnico do Celta de Vigo, na Espanha.

AFP