Preparar treinos com todas as limitações impostas pelos protocolos sanitários não tem sido tarefa fácil para a comissão técnica do Grêmio em meio à pandemia de coronavírus. Os jogadores estão na sexta semana de trabalhos desde a reapresentação no dia 4 de maio no CT e ainda não vislumbram a possibilidade de treinar coletivamente com o grupo completo. A rotina tem sido maçante.
“Foi a maior fase que já tivemos”, diz o preparador físico Márcio Meira, se referindo aos treinos físicos. “Nesse primeiro momento, o objetivo maior era a parte aeróbica e de força, estamos encerrando essa fase para priorizar a atividade anaeróbia e de potência”, explica. Há uma diferença gritante para esse período de treinos em comparação à uma pré-temporada normal, quando os atletas retornam das férias. Agora, a bola é uma mera coadjuvante. “A diferença é que estamos fazendo uma pré-temporada praticamente física, a bola entrou como fator lúdico”.
Inter segue com treinos físicos intensos
Ainda sem uma previsão exata sobre a volta das competições, seguem os treinos no CT Parque Gigante. Ontem, os jogadores mesclaram trabalhos técnicos, comandados por Eduardo Coudet, e físicos. O projetado avanço nos protocolos de prevenção ao coronavírus, que possibilitaria a introdução de novos tipos de exercícios, com maior interação entre os jogadores, foi adiado sem nova previsão.
Depois de mais de um mês de treinos quase exclusivamente físicos, a manutenção de uma série de trabalhos que sejam desafiadores para o grupo de jogadores é tarefa árdua para os integrantes da comissão técnica. Afinal, os protocolos de cuidados impedem a realização de uma série de atividades.
“O trabalho é exigente mesmo. Temos que fazer nos treinos o que vamos ter que fazer nos jogos, quando eles voltarem a acontecer”, enfatizou o zagueiro Pedro Henrique. Ele é um dos integrantes do grupo que foi campeão da Taça São Paulo.
Correio do Povo