O Lanús é o orgulho de parte de uma cidade com cerca de 500 mil habitantes, na província de Buenos Aires. Mas a história deste clube que pela primeira vez chega a uma final de Libertadores pode ser melhor contada por dois torcedores septuagenários. Jose Bini, 73 anos, e Hugo Perez, 75, frequentam o clube todos os dias.
"Hoje somos mais importantes que Boca Junior, River Plate, Racing ou San Lorenzo", diz Jose. "Por toda a vida somos de Lanús", destaca o amigo Hugo. Sócios-vitalícios, ambos são inseparáveis. "Nós temos uns 61, 62 anos de clube", conta Hugo Perez.
O número de jogos vistos por eles no estádio La Fortaleza é incontável. Mas nenhum desperta tanto orgulho como o desta quarta , diante do Grêmio. "Sinceramente, não esperávamos um dia ver o Lanús na final de uma Libertadores. Já ganhamos a Conmebol e a Sul-Americana, mas a Libertadores é o sonho. E vamos ganhar", sorri o confiante Jose Bini.
O clube deu um salto nos últimos 20 anos. Segundo os torcedores ilustres, fruto das boas administrações. "Aqui você vai ver muitas famílias no estádio, muitas crianças. É um clube muito familiar, bastante frequentado nos finais de semana, quando fica lotado", comenta Hugo. "É um clube que está sempre em obras", acrescenta.
O Complexo Desportivo Lorenzo D´Angelo impressiona. O local leva o nome de um ex-presidente do Lanús, que quando assumiu o posto de deputado na Argentina trabalhou muito em prol do clube, alavancando a estrutura e criando boa parte dos campos e instalações esportivas. Pergunte a Hugo e Jose como eles definiriam o Lanús em suas vidas e a resposta virá em frases como "Uma paixão e um sentimento".
Rafael Peruzzo / Direto de Buenos Aires