Existem jogadores que ficam marcados pela qualidade do futebol que apresentam. Há outros eternizados pelos títulos que ostentam no currículo. E há alguns que ficam na lembrança pela identificação criada com determinados clubes. Bicampeão gaúcho com o Grêmio, Tcheco se encaixa nesse perfil.
Antes de virar treinador, não era raro ver em suas redes sociais o ex-meia comemorar vitórias do Tricolor. Carismático, o camisa 10 esteve presente em apenas duas conquistas nas duas vezes em que atuou pelo Grêmio. Na primeira, começou 2006 dando a volta olímpica no Beira-Rio. Entrou no segundo tempo do empate por 1 a 1 no Gre-Nal decisivo.
No ano seguinte, já como capitão, perdeu a Libertadores da América, mas ergueu a taça de campeão no Olímpico, justamente contra o Juventude, adversário do Grêmio na decisão do Gauchão 2024.
Tcheco deixaria o Grêmio ao final de 2007 e voltaria meses depois para comandar o time que terminou com o vice-campeonato do Brasileirão de 2008. Jogou até 2009 no clube quando se transferiu para o Corinthians. Hoje atua como técnico e, nessa condição, conversa com o Correio do Povo e avalia as finais dos próximos dois sábados.
Qual a tua lembrança do título de 2007 contra o Juventude?
Minha lembrança era de um momento bom que o clube estava passando, uma classificação contra o Caxias memorável na semifinal, jogos de mata-mata na Libertadores inesquecíveis também. Então era um time de muita confiança de muita identificação com torcedor e era uma final importante pra conquistar o bicampeonato na época, contra um time bem treinado pelo Ivo Wortmann.
Qual a sua avaliação sobre teus agora colegas Roger e Renato?
São treinadores com muito respeito no cenário nacional, que têm suas características de trabalhos bem desenvolvidas e bem identificadas. Têm respeito e admiração por todas comissões técnicas pelo que eles construíram em suas carreiras.
E sobre as finais, qual tua avaliação?
Acredito que vai ser um duelo tático muito interessante de assistir e para mim que hoje sou treinador é o privilégio ver uma final e ter mais conhecimentos com essas grandes partidas. Vai ser realmente uma final digna que o Gauchão merece, uma final digna pela grandeza dos clubes e técnicos.
João Paulo Fontoura