Nesta terça-feira, Grêmio e Estudiantes se reencontram no Jorge Luis Hirschi em jogo válido pela terceira rodada do Grupo C da Libertadores da América. Em 1983 o duelo entre os dois times pelo triangular final do mesmo torneio ficou conhecido como "A Batalha de La Plata", pois o jogo que terminou 3 a 3 teve ares dramático.
41 anos depois, Renato volta ao palco do enfrentamento como treinador. Como atacante na época, teve participação decisiva. Conforme matéria do Correio do Povo de 9 de julho, a noite anterior foi de uma atuação 'perfeita' do atacante. Além de uma assistência para o gol da virada, o camisa 7 marcou o terceiro. E na comemoração, 'de dedo em riste', provocou a torcida argentina, esquentando ainda mais o clima em uma atmosfera hostil.
O jogo foi recheado de confusão bem antes do apito final. O juiz da partida foi trocado horas antes, sem maiores explicações da Conmebol. O horário foi atípico: 22h, pois a venda dos direitos para a TV local e para o Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina era algo bem menos comum do que as transmissões dos dias de hoje.
Nos 90 minutos sob uma temperatura de 2 graus, brigas, quatro expulsões, seis gols, gol anulado, jogador apanhando no intervalo e muita história que não acabaria ali. Aliás, como a classificação gremista para a final não sairia de La Plata. O resultado de empate postergou as emoções para a torcida. Foi somente dias depois quando os argentinos ficaram no 0 a 0 com o América de Cáli, na Colômbia, que o Grêmio garantiu vaga na final contra o Peñarol.
João Paulo Fontoura