O Grêmio tem tomado ações nos mais diversos setores do clube para estancar as perdas provocadas pela pandemia de coronavírus. Corte de gastos, repactuação de contratos com fornecedores, diminuição de salários dos funcionários, prorrogação de pagamentos, enfim, o contingenciamento é drástico, e a tendência é de piora nos próximos meses. Mas, dentro das medidas adotadas, há um projeto que não sofrerá maiores consequências: o time de transição.
Chegou-se a especular que o clube estaria estudando a extinção do grupo de transição por conta das dificuldades financeiras, mas essa possibilidade está totalmente descartada pelos dirigentes. Muitos dos jogadores oriundos das categorias de base que hoje atuam no time de Renato Portaluppi primeiro tiveram que passar por um “estágio” na transição para depois serem lapidados no time de cima. Rotineiramente o treinador convoca atletas desta equipe para trabalhar com o elenco principal. “Este é um projeto do clube, não vai ser extinto”, garante o vice de futebol do Grêmio, Paulo Luz.
O Tricolor, por vezes, garimpa jovens jogadores em outros estados ou até mesmo no Rio Grande do Sul especificamente para a equipe de transição. “É um projeto muito importante, que no momento adequado retomará suas atividades”, acrescenta Paulo Luz. Atualmente, os jogadores realizam trabalhos remotos sob o comando do técnico Thiago Gomes. “Nós temos que aguardar que haja um posicionamento a respeito do calendário do futebol brasileiro, estamos apenas postergando a reapresentação do grupo de transição”, completa o dirigente.
Retorno
O Grêmio solicitou ao Cruzeiro o retorno do atacante Jhonata Robert, de 20 anos, que estava emprestado ao clube mineiro. Ele não será aproveitado por Renato Portaluppi, e a tendência é que seja repassado a um time português. A direção gremista garante que ainda não recebeu propostas oficiais por seus principais jogadores. Os dirigentes acreditam que os clubes da Europa vão aguardar o término das ligas para iniciarem a formação de seus plantéis.
Correio do Povo