A contratação de Agustín Marchesín, que assinou contrato até o final de 2025, pode solucionar um velho dilema do Grêmio nos últimos anos. Desde a venda de Marcelo Grohe, em dezembro de 2018, pelo menos sete goleiros foram utilizados e nenhum deles conseguiu se firmar. Nesse meio tempo, Paulo Victor, Júlio César, Vanderlei, Brenno, Gabriel Grando, Adriel e Caíque receberam oportunidades.
Dos sete utilizados nos últimos cinco anos, apenas dois arqueiros contaram com um maior apreço da torcida. Adriel foi campeão gaúcho em 2023, sendo fundamental na semifinal contra o Ypiranga. Porém, por problemas extracampo, acabou perdendo a condição de titular e, posteriormente, foi emprestado ao Bahia. E Caíque, contratado após se destacar pelo Canarinho no Estadual, terminou a temporada passada na meta tricolor.
Natural de San Cayetano, na Argentina, Marchesín chega à Arena para ser a segurança gremista embaixo das traves na disputa da Libertadores. Com 35 anos, o arqueiro acumula vasta experiência na América do Sul, no México e na Europa. Revelado pelo Lanús, da Argentina, o goleiro conquistou a Copa Sul-Americana, em 2013, além de um Campeonato Argentino.
Depois, rumou para o México, atuando por Santos Laguna e América. No futebol mexicano, mais uma vez, se destacou, sendo campeão nacional duas vezes, e garantindo passaporte para atuar no velho continente. Em 2019, Marchesín chegou ao Porto e enfileirou mais cinco títulos: dois campeonatos portugueses, duas Taças de Portugal e uma Super Taça de Portugal.
Em meio à passagem por Portugal, o goleiro conquistou a Copa América com a seleção da Argentina, em 2021. Um ano depois, foi negociado com o Celta de Vigo, onde estava desde então. Na Espanha, por causa de uma lesão no tendão de Aquiles, virou a terceira opção para o setor, facilitando o seu retorno à América do Sul para disputar a Libertadores pelo Tricolor. Um detalhe importante, confirmado por Antônio Brum, vice de futebol do clube, é de que Agustín Marchesín conseguiu a sua liberação de graça do Celta.
Lucas Mello