Após solucionar internamente os imbróglios da "novela Suárez", o presidente Alberto Guerra reconheceu, em entrevista ao programa Concentração, da Rádio Guaíba, que existiu um "desentendimento" entre Grêmio e o atacante uruguaio ao longo da temporada. No entanto, o mandatário garante que o episódio já foi superado e o Pistolero é um pilar insubstituível do Tricolor.
"Houve sim um desentendimento. E isso é normal no futebol. Pode ser que algum dos lados tenha passado do tom. Tivemos que recompor e existiu essa recomposição. O negócio ficou de bom tamanho para o jogador e com o clube", afirmou na manhã deste domingo.
O uruguaio acertou um termo para antecipar sua saída da Arena para o final deste ano. Guerra elogiou a postura do camisa 9 e a prioridade dada ao Tricolor diante dos problemas no joelho. "Ele adiou um tratamento no joelho para nos ajudar até o restante do campeonato. Entendeu nosso projeto. Sendo um pilar. Não só dentro de campo, mas também fora".
O cartola, inclusive, pregou cautela numa eventual substituição para Suárez, quarto maior goleador em atividade no futebol mundial. "Um jogador deste tamanho é insubstituível. Vamos buscar outra forma, outro jogador e não pensar em substituição", avaliou. Pensando no próximo ano, o presidente gremista indicou a manutenção do técnico Renato Portaluppi. "Sempre que esteve no Grêmio, ele entregou mais do que se esperava".
Momento financeiro delicado
Guerra admitiu que o Grêmio vive um momento financeiro complicado. "Estamos no meio da reconstrução. Os números são delicados e isso me tira o sono". Entretanto, o mandatário gremista entende que está conseguindo equilibrar os cuidados com as finanças e com o futebol. "Poderíamos ter entregado melhores números financeiros, mas talvez não estaríamos lutando no G-4 do Brasileirão e teríamos chegado na semifinal da Copa do Brasil”.
Correio do Povo / Rádio Guaíba