Distante aproximadamente 500 km de Marrakech onde se concentra o maior número de vítimas do terremoto no Marrocos, Lucas da Cruz, massagista do Grêmio, não vai esquecer a primeira vez em que foi convocado para a Seleção Brasileira.
Logo após o jantar no hotel da concentração na cidade de Fez, ele estava no quarto quando percebeu algo estranho. Eram 23h12min (hora local, 19h12min de Brasília).
“Estava numa poltrona olhando reprise do jogo de abertura da Copa do Mundo de rugby até que começou a balançar. Quando deu o tremor, achei que estava passando mal, olhei a corrente que tranca a porta e estava balançando. Daí que me liguei que era terremoto ou coisa assim. Peguei mochila e larguei pra sacada”, conta Lucas.
Pouco tempo depois, ele, os colegas de trabalho, dirigentes e todos os jogadores do time Sub-23 do Brasil foram orientados a irem para a piscina do hotel esperando que houvesse um segundo tremor. Por lá permaneceram por uma hora.
Foi de lá também que Lucas fez contato com a esposa Laura para repassar à família informações de que estavam todos em segurança. Pelo celular, na piscina as pessoas acompanhavam as notícias.
O terremoto durou cerca de 15 segundos, atingiu magnitude 6,8, aconteceu a uma profundidade de 18,5 km, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, já deixou mais de mil mortos e outros mil feridos.
João Paulo Fontoura