Conforme o comandante do BOE, major Cláudio Feoli, os policiais serão ouvidos formalmente nos próximos dias. Também devem ser colhidos outros depoimentos, assim como vídeos e dados periciais. “As pessoas envolvidas são chamadas para prestar depoimento. Eventuais testemunhas, perícias e vídeos são anexados ao processo, que possam nos trazer a verdade sobre o que ocorreu. Tão logo se tenha tomada essa impressão das pessoas, bem como das perícias, o feito é concluído”, disse.
Após a conclusão do inquérito, o caso é encaminhado para a Corregedoria da Brigada Militar, que oferece, ou não, denúncia contra os policiais.
Sobre o caso
O torcedor do Grêmio Vinícius Mendes Lima, de 31 anos, denunciou na última quarta-feira ter sido espancado e torturado por agentes da Brigada Militar (BM) no dia 16 de abril, dentro da Arena. Segundo o relato de Lima, as primeiras agressões ocorreram na porta de um dos banheiros, mas a maior parte da violência ocorreu em uma área de acesso restrito aos torcedores, onde não havia possibilidade de o caso ser testemunhado.
Lima, que é professor universitário e empresário, relatou que, na área restrita, os brigadianos colocaram papelões sobre o corpo dele e passaram a desferir socos e chutes. Depois, segundo o torcedor, ainda aplicaram gás de pimenta dentro da boca e contra os olhos e ouvidos dele.
Nota do Grêmio sobre o incidente
O Grêmio FBPA veio a público se manifestar sobre o incidente envolvendo um sócio do Clube. O clube esclareceu que está participando da apuração dos fatos, em busca da responsabilização necessária para que problemas futuros sejam evitados. O Grêmio reitera o compromisso com o bem-estar e a segurança de seus torcedores, bem como o cumprimento de todas as normas de convivência vigentes no estádio
Eduardo Paganella / Rádio Guaíba