A grande atuação de Lucca, 20 anos, com dois gols e a estreia de Gustavo Prado, 18 anos, deram um ingrediente a mais na vitória do Inter sobre o Caxias na tarde de ontem no Beira-Rio: a utilização de jovens no time profissional. Apesar da euforia, o treinador foi incisivo ao dizer que não tem problemas em utilizá-los, mas revelou que não há muitos jogadores da categoria de base do Colorado que possam ser aproveitados no momento.
“Estamos desenvolvendo um trabalho, mas não vou mentir, hoje não temos jogadores prontos para a primeira divisão (equipe profissional)”.
Chacho ainda deixou claro que não se envolve diretamente com o trabalho realizado na base do Inter. “Minha responsabilidade é a equipe profissional e também sigo olhando os jogadores que podem ajudar. Vocês sabem que as divisões onde têm mais destaque os jogadores são muito novos, que nasceram em 2006 e 2007. São projetos de jogadores importantes mas ainda estão em uma etapa de crescimento”.
Coudet ainda observou os cuidados que tem ao subir os meninos para o time profissional. “Você tem que fazer um processo. Temos a sorte de continuar o trabalho do ano passado e não importa a idade, os mais novos, os mais velhos , a base, a gente tem que educar. Educar o dia a dia, alimentação, como se treina, tudo. Todos os times em que estou, quero que o jogador aprenda a comer e dar o treino a 100% quando sair para Europa”, frisou.
Sobre Lucca, elogiou o jovem pelos gols e por sua dedicação nos treinos. “ É um garoto centrado. “Vem trabalhando bem. Tem que estar preparado para jogar 5 ou 90 minutos. A gente se prepara desta maneira. Que bom que deu certo e que fez um grande jogo. Ele se preparou para isso.”
Por fim, ele rechaçou a fama de não gosta de utilizar jogador mais jovens e usou como exemplo sua primeira passagem pelo clube, em 2020, quando lançou jogadores como Johnny, Zé Gabriel entre outros. “ Em 2020 disseram que eu não usava base e estrearam 13 jogadores. Se tem que jogar, se está preparado, vai jogar. A base sempre é importante. Sempre tive sorte de usar a base e aqui não vai ser exceção”.
Correio do Povo