Thiago Maia foi apresentado como jogador do Inter em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira. Após um longo período de idas e vindas da negociação, o jogador está apto a jogar pelo Colorado.
O volante Maia revelou um grande nervosismo ao longo das negociações: “só não estava comendo, nem dormindo, mas estava vivo”, brincou. O jogador manteve contato direto com Coudet, além de atletas do grupo, como Renê, outro ex-Flamengo, desde a primeira chamada de vídeo do técnico colorado, ainda no fim do ano passado. Ao longo das negociações, Coudet ligava e mandava áudios ao jogador constantemente após as partidas.
O novo reforço colorado disse que passou noites sem dormir e chegou a acreditar que o negócio não avançaria, após ver vários atletas sendo anunciados sem que sua vez chegasse.
“Fiquei meio assustado [com a recepção da torcida], porque já estava meio desacostumado com isso. Quando abri minha rede social, muitos comentários, muitas mensagens de apoio. E eu já estava ficando preocupado, todo mundo sendo contratado, sendo apresentado, achei que não ia dar certo.”
A cada nova informação dada pela imprensa sobre a negociação, o jogador ligava para seus contatos no Inter para saber dos avanços. “Rapaz, resolve logo, se não eu vou morrer aqui, amigo. Eu vou infartar”, disse.
“Estou pronto, preparado, querendo”
Em função do período afastado, o jogador ficou sem treinar com o grupo, fazendo apenas treinamento físico. “Fisicamente estou bem. Se ele [Coudet] precisar, vou estar apto a jogar. Obviamente que na questão técnica, preciso mais, porque estava treinando sem bola. Como diz meu amigo Claudinho: estou pronto, preparado e querendo.”
Thiago negou que tenha perdido espaço no Flamengo com a chegada de Tite e destacou que chegou a atuar como titular logo após a chegada do treinador. Segundo ele, tanto ele como a comissão técnica do Flamengo acreditavam que a negociação se resolveria em cerca de duas semanas, o que acabou se estendendo e gerando nervosismo.
Em relação à sua característica de jogo, Maia afirmou que é primeiro volante de origem, mas que joga “onde Coudet quiser”. O volante afirmou que não é jogador de marcar gols e que tem como prioridade a roubada de bola.
“O que eu tenho na minha participação de campo é minha autenticidade e leitura de roubada de bola. Não é à toa que os números não mentem. Sou um cara que me preocupo primeiro em a bola não chegar no nosso gol, para depois a gente atacar.”
Correio do Povo