Segundo Glashester, no julgamento de hoje não há previsão de sustentação oral e tudo o que a defesa poderia ter feito já está documentado nos autos do processo. "Nesse momento não se prepara mais nada, porque tudo já está posto. Na última sexta-feira, acrescentamos algumas razões em memoriais para os desembargadores", comentou o representante.
Desde o começo de julho, quando a desembargadora Mylene Michel liberou o estádio Beira-Rio para receber jogos de futebol, o Ministério Público (MP) reiterou a intenção de ver o local interditado até o término das obras de reforma para a Copa do Mundo de 2014. Para Glashester, a realização das últimas seis partidas em Porto Alegre é uma das provas de que a casa colorada é segura. "A desembargadora foi muito feliz quando afirmou que o Inter é o maior interessado na segurança do estádio. É da nossa vontade que as arquibancadas e o local em si sejam um ambiente seguro para o torcedor", garantiu.
Gre-Nal em discussão
Mauro Glashester esclareceu que a discussão sobre o clássico Gre-Nal, marcado para 26 de agosto, não tem nada a ver com as obras do Beira-Rio. "A Brigada Militar nunca afirmou que o clássico não deveria ocorrer no Beira-Rio. Ela (BM) discute maneiras de comportar as duas torcidas no estádio. Isso não é fato novo para nós, porque a cada confronto entre os dois clubes a questão segurança é abordada", argumentou.
Ainda que demonstre otimismo com a liberação do Beira-Rio, Glashester destacou que o MP pode pedir nova interdição. "O processo seguirá seu curso, até que ele receba uma sentença. Se a casa colorada for interditada, teremos que ingressar com recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em Brasília", afirmou.
Luiz Felipe Mello / Correio do Povo