O Inter concluiu o primeiro semestre com um déficit de R$ 60,7 milhões, segundo dados publicados no Portal de Transparência do clube na semana passada. Apesar do número alto, até um pouco assustador, segundo os dirigentes, a situação financeira do clube está administrável e controlada. Mais: se for campeão da Copa do Brasil, que pagará um total de R$ 64 milhões pelo título, encerrará o ano no azul.
Para elaborar o orçamento para 2019, a possibilidade de recebimento de valores referentes a premiações foi levada em consideração. Realistas, porém, os dirigentes projetaram a chegada da equipe somente até a semifinal do torneio. “Se chegarmos à final e formos campeões, temos boas chances de finalizar o ano com superávit”, enfatizou o 1º vice-presidente colorado, Alexandre Chaves Barcellos.
O Inter já arrecadou 5,6 milhões em premiação na Copa do Brasil (R$ 2,5 milhões nas oitavas e R$ 3,1 milhões nas quartas). Se pelo menos empatar com o Cruzeiro, em 4 de setembro, e ficar com a vaga na final do torneio, os cofres do clube receberão mais R$ 6,7 milhões pela fase propriamente dita, além de já garantir pelo menos R$ 21 milhões pelo segundo lugar. O título paga mais R$ 52 milhões.
Mesmo sem considerar os valores de premiação, a publicação do próximo balancete, no final do mês, já deve apresentar um valor mais baixo que os R$ 60,7 milhões de déficit mostrados até junho. Isto porque já será considerada a venda de Iago para o Augsburg da Alemanha. Apesar de os valores do negócio não terem sido oficialmente divulgados, especula-se que o Inter tenha arrecadado 5 milhões de euros pela parte que tinha dos direitos federativos do lateral.
Outros negócios, como a venda do volante Eduardo Henrique, que ainda tinha contrato com o clube embora estivesse emprestado ao Belenenses, ao Sporting, de Portugal, também estarão na divulgação do próximo balancete. Só essa transação, por exemplo, rendeu 1,5 milhão de euros ao Inter.
Fabrício Falkowski