No gramado, apesar das evidentes dificuldades físicas para aguentar até o fim das partidas, D’Alessandro é uma das principais peças do Inter na temporada. Fora do campo, sua importância é ainda maior, motivando o grupo e conduzindo os jogadores. Ele é a principal liderança do vestiário, uma espécie de símbolo das épocas mais vencedoras do clube. Porém, neste momento, nem ele nem o Inter negociam uma prorrogação do atual contrato, que vai até o fim do ano.
O motivo é simples: o próprio D’Alessandro evita esse tipo de conversa no meio da temporada. Foi assim em 2017, quando ele renovou por mais dois anos, por exemplo. Na ocasião, as tratativas só se iniciaram em dezembro, quando a temporada estava encerrada. Agora, não será diferente, apostam os dirigentes.
O próprio D’Alessandro, antes mesmo do clube, precisa confirmar a pretensão de continuar a carreira. A pessoas próximas, ele não é enfático. Os dirigentes colorados acreditam que o final da temporada do Inter e uma avaliação do time e do desempenho de D’Alessandro serão os fatores mais relevantes na decisão.
D’Alessandro completou 38 anos em abril. Ele chegou ao Inter em 2008. Foi protagonista em títulos importantes, como a Sul-Americana de 2008 e a Libertadores de 2010. Justamente no ano que saiu para jogar no River, em 2016, o Inter foi rebaixado. Mas ele voltou e ajudar a levantar o clube. Por isso, a história de ambos está ligada.
Tudo indica que D’Alessandro estará em campo contra o Paysandu, nesta quinta-feira, no Beira-Rio. A ideia da comissão técnica é utilizar todos os titulares disponíveis para tentar construir uma vantagem suficiente para não correr riscos na volta, em Belém. Moledo, por enquanto, é a baixa confirmada.
Fabrício Falkowski