O torcedor colorado não tem tido paz. Em campo, o time enfileira tropeços, ao final de um ano que parecia promissor. Não bastassem os problemas no gramado, fora dele, uma das eleições mais acirradas da história do Inter gira muito menos ao redor das propostas de cada uma das chapas concorrentes à presidência do clube e ao conselho deliberativo, e mais em torno de acusações, desmentidos, provocações e polêmicas.
Quarta-feira, a equipe chegou a seis jogos sob o comando de Abel Braga, Leomir de Souza e Osmar Loss, com uma vitória (que resultou em eliminação nos pênaltis), um empate (em uma das piores apresentações do Inter desde 2016) e quatro derrotas, sendo três delas dentro do Beira-Rio. São apenas dois gols marcados, com seis sofridos. “Foi o melhor jogo que tivemos desde que chegamos aqui. Mas mais uma vez não chegamos ao resultado de vitória”, lamentou Leomir após a partida.
E o dia após a derrota foi marcado por confusões nas redes sociais. A chapa encabeçada por Alessandro Barcellos reclamou de um suposto tweet falso em que ele dizia que Abel Braga era o seu “ficha 1” para comandar o time em 2021, junto com o executivo Newton Drummond, o Chumbinho. “Triste, depois de uma derrota dessas, ver pessoas fazendo política suja”, afirmou Barcellos, negando contatos com Abel e Chumbinho.
Por sua vez, José Aquino Camargo divulgou nota negando ter lista com dados pessoais de sócios vazados para fazer contato direto e pedir votos. “A chapa adversária tenta manchar a eleição colorada”, criticou Aquino. Outros boatos figuram na pauta de discussões. Por exemplo, um áudio atribuído a um integrante da chapa de Aquino sugere que a chapa de Barcellos recebeu apoio financeiro e sofre interferência do PT.
Outro dizia que a chapa 7 tem um gremista na lista de candidatos ao Conselho. O grupo se manifestou esclarecendo que Matheus Guimarães é “ex-gremista”. O Inter divulgou uma relação de 65 mil sócios aptos a votar no segundo turno da eleição, no dia 15.
Fabricio Falkowski