“Ultimamente, tenho preferido não falar sobre as questões do Inter. Estou no evento para falar sobre futebol, uma paixão de milhões. As questões do Inter, em alguma oportunidade, terei que falar. Estou observando e espero que as coisas fiquem mais claras. Sou amigo do Piffero há 50 anos. Tenho plena confiança nele e certeza que, no final, as coisas ficarão claras e esse clima ruim contra ele vai terminar”, declarou.
Carvalho não fez parte da última passagem de Piffero pelo clube, que culminou com o rebaixamento para a Série B, mas fez parte do grupo de dirigentes convocados para tentar evitar o descenso. “A vida é feita de sucessos e de insucessos. Eu felizmente, tive muito sucesso depois de um longo período ruim. Depois, tive um período que não foi bom. Procuro ter equilíbrio em todas as situações. Não fico tão envaidecido quando ganho, nem tão depressivo quando perco. Assim que vejo as coisas. A questão da segunda divisão é muito ruim. Ninguém queria ter que passar por isso, mas hoje deu. Estamos na primeira divisão e, como torcedor, penso para a frente. Penso sempre que meu clube vai crescer, melhorar e conquistar os títulos que todos queremos. O que aconteceu, aconteceu, passou. Aconteceram coisas boas e ruins, mas tem que ter equilíbrio”, ressaltou o dirigente.
Fernando Carvalho garante que se afastou da direção do clube, mas não perdeu o contato com os ex-companheiros dos tempos de vitórias. “Trabalho profissionalmente com o futebol. Volta e meia converso com o Marcelo (Medeiros, presidente do Inter) e com o Melo (Roberto, vice de futebol). Muito esporadicamente. Muito mais coisas informais do que qualquer tipo de opinião sobre o que está acontecendo”, revelou.
A postura se dá pelo tipo de trabalho que Carvalho está envolvido neste momento. “Eu trabalho com futebol no Cianorte. Viajo muito para a cidade do interior do Paraná. Muito para o exterior e para outras cidades do país, pois faço uma consultoria. Faço isso permanentemente”, declarou o dirigente campeão da América.
Sobre o momento do Inter, o ex-dirigente considera extremamente positivo. “(O rebaixamento) Me abalou como torcedor. É uma situação que certamente ninguém quer passar. O clube não quer passar, mas é da vida. Não adianta ficar o resto da vida lamentando. Estou em outra. Estou torcendo para o meu time, que está fazendo uma campanha acima da expectativa. Espero que siga crescendo e consigamos ficar na parte de cima da tabela”, disse Carvalho.
Correio do Povo