Toda a rodada ajudou, mas faltou ao Inter dar a sua parcela de contribuição para finalmente ingressar no G-6. Depois de jogar bem e vencer o Athletico-PR no Beira-Rio, o time, em jornada marcada pela desatenção, perdeu para o Cuiabá, na quarta-feira, por 1 a 0, e voltou a patinar na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro. A razão para essas oscilações, principalmente nas últimas semanas, quando alterna momentos ótimos com outros muito ruins, está sendo buscada pela comissão técnica e pelos dirigentes, sem uma resposta satisfatória.
Sincero, Diego Aguirre admitiu que o clube como um todo armou uma mobilização extraordinária para o Gre-Nal, quando teve boa atuação, venceu e afundou o rival na zona de rebaixamento. Contra o Cuiabá, segundo o técnico, faltou foco. “Não posso falar outra coisa. Acho que faltou foco nos outros jogos. Fizemos jogos muito bons e não conseguimos manter. Mas não podemos ser tão irregulares. Falta foco, mentalidade. E isso parece que temos mais no Beira-Rio, que nos dá força”, disse, logo depois da partida.
O desafio do técnico é remobilizar o grupo para o jogo contra o Flamengo, amanhã, no BeiraRio. Ou seja, repetir o tipo de atuação que o Inter teve contra o Grêmio e contra o AthleticoPR. Na avaliação de Aguirre, o fato de jogar em casa, diante da torcida, ajuda a equipe. “A intensidade não é a mesma (fora de casa). Não deveria acontecer, mas acontece. Teremos este jogo em casa com o Flamengo e depois vamos ao Rio jogar contra o Fluminense, em um confronto direto. Se não ganharmos fora, será difícil conseguir o objetivo. Estou preocupado”, disse.
Contra o Flamengo, além do fator Beira-Rio, o técnico contará com reforços importantes. Para começar, Cuesta, Moisés e Maurício voltam de suspensão. Os dois primeiros começam a partida, mas o terceiro deve ser opção no banco. Além disso, há a expectativa de contar com Lindoso, que se recupera de desconforto muscular, e até com Taison, em fase final de recuperação de uma luxação no ombro.
Fabrício Falkowski