Como ele mesmo disse sempre que teve uma oportunidade, Eduardo Coudet não gosta de trabalhar com “grupos curtos”. Por outro lado, também não quer um número excessivo de jogadores inchando o elenco − e a folha de pagamentos. Por isso, além de buscar reforços em condições para de fato entregar alternativas de qualidade para o técnico montar o time em 2024, os dirigentes do Inter precisam encontrar um destino para os atletas que foram testados e, por qualquer motivo, não ganharão aproveitamento efetivo no Beira-Rio na próximo temporada.
A lista é grande e inclui aqueles jogadores que já definiram a saída e outros que estão na prateleira. Dalbert, por exemplo, está livre no mercado após acordo como Inter para “encerramento antecipado do vínculo”. O lateral não aprovou nas oportunidades que recebeu e, além disso, ainda entrou em rota de colisão com os torcedores após ser substituído em uma partida contra o Fluminense, em novembro, no Beira-Rio. Jean Dias, já no Paysandu, e Estêvão, emprestado ao Vila Nova, de Goiás até o final de 2024, também já estão fora.
Rodrigo Moledo, histórico zagueiro do Inter, está ficando sem contrato neste mês e, como cumpre suspensão imposta pela Conmebol após ser flagrado em exame antidoping, não será procurado para estender o vínculo.
Há, também, alguns jogadores que podem ser negociados, até como forma de baixar a folha. São os casos de Carlos de Pena, Campanharo e Nico Hernández, cujos contratos se encerram somente no final de 2024. Eles tiveram altos e baixos ao longo da temporada que está terminando, mas nunca foram titulares, principalmente após a chegada de Eduardo Coudet. Se surgir algum tipo de oportunidade no mercado, qualquer um deles pode ser negociado.
Thauan Lara e Lucas Ramos também podem ser emprestados na lógica de adquirir experiência com outra camiseta antes de receberem novas chances no Inter. Dos jogadores que subiram da base recentemente, o único que realmente será aproveitado é Matheus Dias. O volante, inclusive, está convocado para a Seleção que disputará o Pré-Olímpico, na Venezuela, entre janeiro e fevereiro.
Fabrício Falkowski