Paolo Guerrero ganharia alguns dias de folga antes de reapresentar-se ao Inter. Mas o próprio desempenho na Copa América, junto com o de seus companheiros, colocará o centroavante em uma rotina de jogos sem folga. Como o seu Peru classificou-se para a final do torneio de seleções, ele não terá férias ou um dia sequer de descanso. A ideia inicial era colocá-lo à disposição de Odair Hellmann assim que acabar a Copa América, seja qual for o resultado da decisão contra o Brasil, marcada para domingo. Porém, esse projeto começa a ser abandonado.
Antes de definir o assunto, os dirigentes colorados conversarão com o jogador. Se o Peru for campeão, haverá festa histórica em Lima. E Guerrero, provavelmente, será liberado para participar dela. Se, por outro lado, a taça ficar no Brasil, o centroavante deve se apresentar em Porto Alegre na segunda-feira. O seu aproveitamento contra o Palmeiras, dois dias depois, em São Paulo, não está definido. Vai depender do nível de cansaço dele.
“Vamos conversar com o Guerrero. Ele é experiente e conhece o próprio corpo. Não podemos correr o risco de perder o jogador por mais tempo, pois ele vem em um ritmo forte, jogando muitas partidas e treinando pouco. Para voltar a jogar pelo Inter, ele precisa estar bem”, observou o vice de futebol, Roberto Melo.
Guerrero esteve em campo em todas as cinco partidas pela seleção peruana na Copa América. Contra o Chile, na noite de quinta-feira, jogou quase 100 minutos − e marcou um gol, o terceiro da goleada por 3 a 0. Além dos jogos, há as viagens. O Peru jogou em Porto Alegre (duas vezes), Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. Ou seja, cruzou o Brasil.
Fabrício Falkowski