O apoio do grupo foi confirmado nessa terça-feira pelo capitão Paulão em entrevista coletiva, mas não diminuiu a possibilidade de a passagem de Argel ser abreviada caso o time colorado não obtenha uma vitória sobre o Santa Cruz, domingo, em Recife.
“Temos toda a responsabilidade pelo momento e agora precisamos estar ao lado do treinador. Temos a mesma equipe, os mesmos trabalhos e, nos momentos bons, ninguém queria a saída do Argel. Vamos seguir com ele”, disse o zagueiro. Ele ressalta que o time foi reforçado com Seijas, que “todo mundo queria que jogasse”, e já teve boas apresentações no próprio Brasileirão. “A atitude do time deixou a desejar. Temos que respaldar o treinador e trabalhar. Não podemos deixar a responsabilidade toda com ele. O grupo precisa acordar”, continua.
Desde que desembarcou no Inter, em agosto do ano passado, Argel mantém um diálogo franco com o grupo. Também procura dar oportunidades para todos e cortou algumas regalias arraigadas. Outra característica de Argel é ouvir e levar em consideração a opinião tanto dos jogadores quanto dos outros integrantes da comissão técnica.
Vitória é obrigação
No entanto, a pressão por resultados é grande, principalmente de fora do vestiário. No Beira-Rio, a vitória sobre o Santa Cruz, mesmo longe de casa, é considerada uma obrigação do técnico e dos seus comandados. Além disso, na rodada seguinte, o Inter terá de conquistar mais três pontos dentro do Beira-Rio justamente contra o Palmeiras, atual líder do Brasileirão, para ganhar um fôlego extra. “Nós sabemos o gosto da liderança. Isso nos faz querer chegar lá novamente”, continua Paulão.
Oficialmente, os dirigentes do departamento de futebol negam a intenção de demitir Argel. Afirmam que ele tem condições de liderar a reversão do atual momento, principalmente com os reforços de Ariel e Brenner, este apresentado oficialmente ontem, e com a melhor ambientação de Seijas. “Temos de trabalhar. A semana começa com pressão, pois perdemos o Gre-Nal. Estamos calejados e vamos trabalhar para sair dessa posição incômoda”, finaliza Paulão.
Fabrício Falkowski