MP defende interdição do Beira-Rio, mas aguarda novo laudo do Inter

Os promotores de Justiça Norberto Avena e Fábio Sbardelotto, da Promotoria de Justiça de Habitação e Defesa da Ordem Urbanística de Porto Alegre, defenderam nesta quarta-feira a interdição do estádio Beira-Rio para eventos esportivos e culturais, ou que utilizem as arquibancadas, por apresentar inadequações. Em entrevista coletiva, eles sustentaram que não há laudos que atestem a liberação do local. O Internacional, por sua vez, deve encaminhar novos documentos ao Ministério Público, a partir de uma nova avaliação técnica que será feita no local . “Nós estamos tendo a cautela que o Ministério Público sempre teve. Depois que acontece uma tragédia, não há mais como revertê-la”, ponderou o promotor Norberto Avena ao falar sobre o pedido de interdição.

Instantes antes da entrevista coletiva, o presidente colorado, Giovanni Luigi, acompanhado do ex-presidente Fernando Carvalho, estiveram com os promotores. Segundo Avena, o Inter ofereceu uma proposta para que apenas parte do estádio seja interditada. “A proposta do clube é fazer algumas adequações, como isolar a parte inferior do estádio e liberar a superior. Mas não temos condições, neste momento, de dizer se vamos aceitá-las ou não”, informou. A proposta agora será analisada pelo Ministério Público.

Na última sexta-feira, a Justiça interditou o Beira-Rio a pedido do Ministério Público, que ajuizou ação civil pública, com pedido de liminar. As demais áreas do Complexo seguem liberadas. Segundo o Ministério Público, o clube não possui Alvará de Prevenção e Proteção contra Incêndios, por exemplo. Com a decisão judicial, o Inter terá que levar jogos do Brasileirão para outro estádio durante as reformas. O presidente colorado, Giovanni Luigi, garantiu que irá recorrer da decisão por ter “convicção” que o Beira-Rio oferece segurança aos torcedores. Conforme o dirigente, uma empresa terceirizada fará mais uma avaliação técnica no local.

Rádio Guaíba