Não será uma mudança drástica, mas tudo indica que o Inter que enfrentará o Cruzeiro, amanhã, no Beira-Rio, será diferente daquele que empatou por 1 a 1 com o Flamengo, semana passada, e ficou de fora da Libertadores da América. E deverá ser apenas uma alteração: Nico López voltará a ser titular e ocupará a vaga que é de Rafael Sobis desde o início de agosto.
A mudança encontra sustentação nos números. Quando Sobis formou o trio ofensivo com D’Alessandro e Guerrero, o Inter não marcou gols. Foi um empate por 0 a 0 com o Corinthians no Beira-Rio, pelo Brasileirão, e uma derrota para o Flamengo no Maracanã por 2 a 0 pela Copa do Brasil. Além disso, o trio começou junto outra vez contra o Flamengo, no Beira-Rio, e o time só foi marcar quando Odair Hellmann já havia trocado Sobis por Nico, no segundo tempo.
A manutenção de Sobis na equipe era uma convicção de Odair, que apresentava argumentos de inspiração defensiva. O experiente atacante cumpre funções táticas importantes, mas não apresenta a mesma força ofensiva do uruguaio. Mesmo sem atravessar a sua melhor fase, Nico é mais incisivo. Contra o Botafogo, sábado, ele voltou a marcar gols, encerrando um jejum que durava 24 partidas.
Reforçar o ataque faz parte da estratégia que está sendo montada para a partida, e que não prevê a administração da vantagem construída em Belo Horizonte, onde o Inter venceu por 1 a 0 o primeiro duelo. “Temos uma vantagem, mas ela é muito perigosa. Precisamos ter tranquilidade e não tentar administrar o resultado. Lógico que temos um resultado bom, mas temos que atacar. Estamos em casa e é chegar junto com o torcedor e fazer valer essa questão (de jogar no Beira-Rio)”, afirma o lateral Bruno.
O jogador foi poupado e não enfrentou o Botafogo, assim como D’Alessandro. Mas ambos devem estar em campo amanhã. Ele admite que a responsabilidade na Copa do Brasil aumentou após a queda da Libertadores. “A responsabilidade é maior. Doeu a desclassificação, mas temos que focar neste jogo. Coisas grandes virão para nós”, diz.
Fabrício Falkowski