O Inter tem um ataque que marca poucos gols e uma defesa das mais frágeis. Neste momento, acumula somente dez pontos conquistados em exatas dez rodadas do Campeonato Brasileiro, o que lhe coloca muito próximo da zona de rebaixamento. O time está frágil física e emocionalmente e, por falta de tempo para o trabalho de Diego Aguirre, não tem um padrão tático. E é nesta situação que se prepara para mais um Gre-Nal, que ocorre neste sábado, às 16h30min, na Arena.
A derrota para o São Paulo, na quarta-feira, com uma atuação desastrosa, rebaixou as pretensões coloradas na competição. Embora a palavra “rebaixamento” tenha sido evitada nas entrevistas após a partida, o Inter olha mais para baixo do que para cima neste momento. Afinal, apresentou-se como um candidato ao descenso, principalmente na rodada mais recente.
Os jogadores falharam, mas a culpa pelo resultado foi dividida, inclusive com Diego Aguirre, que chegou há apenas duas semanas e pouco teve tempo para treinar. Ontem, o dia foi de conversas e de tentativa de remobilização no CT Parque Gigante.
Quem esteve em campo na véspera, fez apenas um trabalho de recuperação física. “Fizemos um jogo muito ruim. Hoje (quarta-feira), vou aceitar as críticas porque nós não fizemos o jogo que imaginávamos. Tivemos muitas dificuldades, cometemos muitos erros. Temos que assumir os erros para tentar melhorar. Fiquei preocupado e triste, porque tenho outra expectativa, e aceito as críticas. O time jogou muito pouco”, afirmou um abatido Diego Aguirre após a derrota.
Por outro lado, o técnico enxerga o clássico como uma chance de reverter a má fase. Sem levar em consideração o retrospecto recente desfavorável contra o rival, ele promete muito trabalho para tentar buscar a vitória. “Estamos vivendo um momento de dificuldade. Temos que assumir a nossa culpa e transformar essa dor em trabalho, rebeldia e atitude. Acho que ter um GreNal no sábado pode ser uma coisa boa para nós porque queremos rapidamente dar uma alegria para todos os torcedores e já temos essa chance. Temos que ter calma e trabalhar”, disse.
Fabrício Falkowski