Charles Aránguiz, em forma e motivado, é daqueles jogadores que podem elevar o nível técnico de qualquer time brasileiro. Trata-se de um volante polivalente, com ampla experiência internacional e que, tudo indica, ganhou uma cultura tática maior em quase dez anos atuando na Europa. Por isso, a esperança de um futuro melhor para o Inter nas três competições nas quais está envolvido depende, em grande medida, da recuperação rápida do jogador, que ontem apareceu no campo do CT Parque Gigante pela primeira vez desde que retornou ao clube, no início deste mês. Tudo indica que ele estará à disposição de Mano Menezes antes do prazo inicialmente previsto, mas ninguém no clube antecipa qualquer tipo de prazo para isso.
“Não trabalhamos com um prazo e nem vamos acelerar nada. O Aránguiz só vai jogar quando estiver 100% pronto para isso”, afirmou, ontem à tarde, o vice-presidente de futebol, Felipe Becker. Ele confirma que a recuperação do jogador, que tem uma lesão muscular na panturrilha e não joga desde outubro, se acelerou desde a volta a Porto Alegre. “Nós lutamos para antecipar a vinda dele porque confiamos nos profissionais e nos médicos que temos aqui no clube. Sabemos que a volta poderia ser mais rápida aqui do que na Alemanha”, continua.
Ninguém coloca prazos, mas como voltou a treinar com bola agora, ainda faltam algumas semanas para Aránguiz trabalhar normalmente e, depois disso, começar a ser utilizado por Mano Menezes. O que o Inter quer evitar é que o lesão tenha um retrocesso, algo que já ocorreu na Alemanha. “Lá, tentaram fazer ele voltar antes. A lesão piorou. Por isso, vamos ter todos os cuidados”, continua.
Aránguiz, de 34 anos, retornou ao Beira-Rio após ser liberado antes do prazo pelo Bayer Leverkusen. Ele assinou um précontrato com o Inter ainda em fevereiro, mas, diante da insistência do próprio jogador, aceitaram liberá-lo antes. No dia de sua apresentação oficial, dia 7 de abril, ele afirmou que estava no final do processo de recuperação. “Estou muito bem fisicamente e psicologicamente. É a fase final da recuperação, mas não temos pressa”, disse.
Fabrício Falkowski