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Verão

Especial

Reunião de torcedores com dirigentes causa racha na gestão colorada

Encontro, que foi intermediado por dirigentes ligados ao Povo do Clube, gerou descontentamento na base de apoio político de Alessandro Barcellos

Time de Eduardo Coudet não conseguiu vencer o Real Tomayapo, na segunda rodada da Copa Sul-Americana | Foto: Ricardo Duarte / Inter / Divulgação / CP

O empate sem gols com Real Tomayapo, na noite de quarta-feira, pela segunda rodada da Copa Sul-Americana, e os eventos que sucederam a partida aprofundaram a crise dentro do campo, que agora é irrefutável, e expuseram uma fratura no seio da diretoria colorada. Juntar os cacos e buscar a remobilização é uma tarefa que vai consumir energia, principalmente do presidente Alessandro Barcellos, às vésperas da estreia do Inter no Campeonato Brasileiro, amanhã, contra o Bahia, no Beira-Rio.

O resultado da partida em si, além da falta de explicações convincentes por parte de Eduardo Coudet para a queda meteórica no rendimento da equipe nos últimos quatro jogos, já era uma evidência da necessidade de uma correção de rota. Porém, o mais grave, segundo diversos dirigentes e conselheiros que apoiam a gestão Barcellos desde o seu início, aconteceu depois, quando uma comitiva de torcedores ligados às organizadas foi recebida pelo vice-presidente de futebol, Felipe Becker, e pelo diretor técnico, Magrão.

O encontro, que ocorreu na sala de conferências do estádio após manifestações no pátio do estádio, foi intermediado por dois integrantes de primeiro escalão da diretoria, ambos integrantes do Povo do Clube (movimento político ligado à torcida, que passou a apoiar a chapa de Barcellos pouco antes da eleição do ano passado). Na conversa, os torcedores manifestaram descontentamento com o rendimento da equipe e sinalizaram a intenção de ter uma “conversa” com os jogadores no CT Parque Gigante. Em princípio, Coudet não é o alvo do grupo. Magrão e Becker, emparedados, prometeram levar ao conselho de gestão a ideia a ideia do encontro com os jogadores, que, em princípio, não deve ser aprovado. Ou seja, não deve acontecer.

De qualquer forma, a conversa na sala de conferências serviu para serenar os ânimos dos torcedores e foi útil para permitir a saída sem riscos dos jogadores do vestiário. Eles aproveitaram o momento e deixaram o estádio, despistando o protesto. A informação sobre o encontro, porém, correu rápida entre os apoiadores de Barcellos durante a madrugada, dividindo opiniões.

De forma prática, contudo, o caso expôs as diferenças importantes entre a forma de agir do Povo do Clube e dos outros três grupos políticos que compõe a diretoria (Convergência, Academia e Inove). “Não acreditamos que um encontro como esse seja útil para a retomada do bom futebol do time em campo. Pelo contrário. A gente toda a hora vê em vários clubes brasileiros casos que provam que as torcidas organizadas não ajudam em uma situação assim. Além disso, não cabe em um ambiente altamente profissional como o futebol”, afirmou uma fonte consultada pelo CP ontem à tarde.

Barcellos, agora, terá que atuar como bombeiro. Ele não pode abrir mão do apoio político do Povo do Clube, que possui vários cargos na diretoria e é forte dentro do Conselho Deliberativo, mas também teme perder o suporte que outros integrantes da diretoria lhe conferem.

Fabrício Falkowski