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Verão

Especial

Roberto Melo deve seguir no futebol do Inter em 2020

Dirigente tem evitado contato com a imprensa e com a torcida nas últimas rodadas do Brasileirão

Roberto Melo deverá permanecer no comando do futebol do Inter em 2020 | Foto: Guilherme Testa / CP Memória

Roberto Melo, justa ou injustamente, virou o alvo principal das críticas dos colorados, que ganharam um volume extraordinário principalmente após a frustrante derrota na final da Copa do Brasil. O vice de futebol, por isso, resguardou-se. Segue a rotina diária de trabalho no CT Parque Gigante, que, inclusive, já inclui o planejamento para 2020, mas tem evitado o contato com a imprensa e com a torcida. Apesar da pressão, são remotíssimas − para não dizer inexistentes − as chances de ele não seguir no cargo em 2020.

Melo e o presidente Marcelo Medeiros concluíram que a derrota diante do Athletico Paranaense, ainda em outubro, causou um abalo na imagem do vice de futebol. Por isso, ele deixou de dar as entrevistas após os jogos, sendo substituído, com exceção de apenas uma partida, pelo executivo Rodrigo Caetano. A postura pode até seguir no ano que vem, independentemente dos resultados em campo daqui a até o final da temporada.

Internamente, Melo defende-se da falta de títulos lembrando que o Inter viveu um renascimento após a queda para a Série B. Precisou administrar um grupo derrotado, cujos jogadores precisaram ser emprestados, dispensados ou negociados. Pouquíssimas peças daquele elenco rebaixado em 2016, herdado pela atual direção, foram aproveitados na disputa da Série B e nos anos seguintes. Além disso, Melo queixa-se, com razão, que o Inter foi, dos grandes clubes brasileiros, um dos que menos investiu em contratações. O clube estava com os cofres raspados.

Por outro lado, pesam sobre Melo, como líder do departamento de futebol, alguns erros importantes na formação do grupo e na condução do vestiário. Contratações como as de Santiago Tréllez e Natanael não se justificaram, mesmo diante da escassez de recursos para apostas em alternativas mais caras. 

A demissão de Odair Hellmann − naquele momento exigida pela torcida por todos os meios possíveis, diga-se − também mostrou-se um equívoco, mesmo que possa ser justificada pela queda abrupta de rendimento da equipe após a Copa do Brasil. Além disso, é importante ressaltar que a direção, mesmo que desejasse a permanência de Odair até dezembro, já havia decidido que ele não ficaria em 2020. Por isso, de certa forma, a sua saída no começo de outubro pode, de certa forma, ser encarada como o primeiro capítulo da próxima temporada. 

Fabrício Falkowski