person Entrar

Capa

Notíciasarrow_rightarrow_drop_down

Esportesarrow_rightarrow_drop_down

Arte & Agendaarrow_rightarrow_drop_down

Blogsarrow_rightarrow_drop_down

Jornal com Tecnologia

Viva Bemarrow_rightarrow_drop_down

Verão

Especial

Números escancaram diferença histórica entre Pelé e Maradona

Comparações foram constantes, gerando rivalidade entre Brasil e Argentina. Além dos recordes, Rei tinha habilidades especiais

Comparações foram constantes, gerando rivalidade entre Brasil e Argentina. Além dos recordes, Rei tinha habilidades especiais | Foto: PATRICK KOVARIK / AFP

Pelé era 20 anos mais velho do que Maradona. Enquanto o menino argentino crescia em meio à pobreza, estimulado pela paixão pela bola nas periferias de Buenos Aires, Pelé já realizava suas façanhas no futebol.

Ambos são de épocas distintas, mas ainda comparáveis em relação à dinâmica do futebol. Os argentinos endeusam Maradona muito mais por algo intuitivo do que pelos números em si. Nesses, Pelé mostra e prova que está em um nível acima do que Maradona: 1.281 gols contra 365 do argentino: 3,5 vezes mais. E jogando na mesma posição.

Em relação a Copas do Mundo, ambos disputaram quatro. No entanto, Pelé ganhou três, e Maradona, uma. Muitos argumentam que Maradona jogava em equipes em que ele era o líder. Por outro lado, como Pelé, ele nunca liderou uma equipe de craques aos 17 anos.

Maradona surgiu como um gênio da bola no momento em que Pelé estava encerrando a carreira. Uma ironia que a vida trouxe, ao não permitir que os dois se encontrassem em campo. Parece que foram séculos de distância, mas, na verdade, foi por pouco que isso não aconteceu. Por outro lado, este mistério não deixa de ser um presente, um alento, ter um novo craque logo em seguida do outro, apenas separados pelo destino.

Pelé alcançou números inimagináveis para um jogador de futebol. Por isso foi escolhido Rei do Futebol, pelo jornal L'Equipe em 1981. E ganhou a Bola de Ouro Especial, da Fifa, como o melhor jogador de todos os tempos. Mas não era só nos números que ele mostra sua superioridade.

Se Maradona tinha uma habilidade extrema com a canhota, Pelé não ficava para trás. E ainda usando as duas pernas. Cabeceava como o melhor centroavante, desarmava como o melhor volante, criava como o mais clássico meia, lançava com a visão precisa de um cirurgião.

Pelé deixava simplesmente de ser Edson, quando controlava toda a órbita do futebol, como um astronauta sente a plenitude do universo ao seu redor. Já Maradona tinha uma genialidade muito mais terrestre, humana. Sempre foi Diego.

Assim, desde quando Pelé parou de jogar, pode-se dizer sem dúvida que Maradona foi o mais próximo a se aproximar dele, antes de Messi. Mas chegou no máximo à função de príncipe. O trono do futebol, desde o fim da era Pelé, ficará vago, provavelmente, para sempre. 

R7