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Na véspera da Fórmula 1, homem morre na repressão aos protestos no Bahrein

Apesar da tensão política, governo descarta cancelamento da corrida

Jovens protestam contra a realização do GP do Bahrain | Foto: Justin Tallis / AFP / CP
A oposição xiita do Bahrein anunciou a morte de um homem na madrugada deste sábado no local onde ocorreu uma manifestação reprimida nas imediações do circuito de Sakhir, onde será disputado neste domingo o Grande Prêmio (GP) de Fórmula 1 do país.

Foi a primeira morte nas manifestações relacionadas com a realização do GP, embora a revolta contra o regime sunita que governa o país, que começou em fevereiro de 2011, já tenha custado a vida de dezenas de pessoas. "O corpo do "mártir" Salah Abbas, de cerca de 30 anos, foi encontrado perto de Shakhura, uma localidade situada quatro quilômetros a leste de Manama, onde um protesto contra o regime foi reprimido pelas forças de segurança”, anunciou o Wafaq, principal grupo da oposição, em um comunicado oficial.

O Ministério do Interior confirmou na rede social Twitter a descoberta do corpo em Shakhura e informou que uma investigação policial tinha sido aberta para apurar o caso. Segundo um membro da família da vítima, ela foi detida pelas forças de segurança quando participava de uma manifestação próximo a Shakhura. "Após a detençã não tivemos notícias dele até o anúncio da descoberta de seu corpo", declarou o parente, que pediu para não ser identificado.

Segundo testemunhas, dezenas de manifestantes enfrentaram as forças de repressão em vários povoados xiitas situados perto do circuito de Sakhir, convocados pelo movimento dos "Jovens de 14 de Fevereiro", uma coalizão radical. Alguns estavam encapuzados e outros usavam faixas com a inscrição "Sou o próximo mártir". Os manifestantes bradavam palavras de ordem hostis ao governo, repetindo "Abaixo Hamad!", em referência ao rei do Bahrein, Hamad bin Isa al-Khalifa. O movimento "Jovens de 14 de Fevereiro" prometeu "três dias de ira" coincidindo com a realização do Grande Prêmio de Fórmula 1, com o lema "Não à fórmula de sangue".

Apesar de tudo, o príncipe herdeiro, Salman Ben Hamad al-Khalifa descartou o cancelamento da prova, porque, segundo ele, "favoreceria os extremistas". As manifestações brigaram as autoridades a reforçarem a segurança do circuito de Sakhir. Organizações humanitárias criticaram a realização da corrida em plena crise política.

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AFP