O Nacional, do Uruguai, dará uma pensão para o ex-goleiro Manga, de 82 anos, que se recupera de um problema renal decorrente de uma anemia grave. O ex-jogador bicampeão brasileiro pelo Inter e campeão gaúcho pelo Grêmio teve que se mudar do Equador, onde morava depois de abandonar a carreira em 1982, pois enfrentou dificuldade de atendimento na rede de saúde do país sul-americano. Além da ajuda financeira, o Tricolor uruguaio promete ações para melhorar a vida do arqueiro que foi campeão do mundo e da América com o clube em 1971. O time uruguaio também deixará em exibição a camisa usada por ele e as taças que ajudou a conquistar.
Como buscava local para ser hospitalizado, torcedores do clube uruguaio chegaram a oferecer suas residências para que Manga tivesse um ambiente favorável para o tratamento. “Faremos outras ações concretas para ajudar ao ídolo que joga a partida mais difícil da sua vida”, diz postagem do Nacional nas redes sociais.
Manga nasceu em Recife, em 26 de abril de 1937, e começou a carreira no Sport em 1954. Um ano depois passou a ser profissional e quatro anos depois se transferiu para o Botafogo, de Garrincha, Nilton Santos e Zagallo. Em 1966, foi convocado para disputar a Copa do Mundo com a Seleção Brasileira pelas suas atuações no clube da estrela solitária. Em 69, se transferiu para o Nacional, onde conquistou os maiores títulos da sua carreira.
Desde #Nacional ya se iniciaron los trámites para que #Manga tenga una pensión graciable por su enorme contribución a la historia Tricolor y a la del fútbol uruguayo. Eso, además de otras acciones concretas para ayudar a un ídolo que juega el partido más difícil de su vida pic.twitter.com/NXVUn1Jdye
— Nacional (@Nacional) September 10, 2019
Cinco anos depois foi contratado pelo Inter, onde conquistou dois Campeonatos Brasileiros, em 1975 e 1976, e o Tricampeonato Gaúcho. Na sequência, passou por Operário-MS, Coritiba e terminou a carreira no Brasil atuando dois anos pelo Grêmio, onde conquistou o estadual de 1979. Encerrou a carreira em 1982, atuando pelo Barcelona de Guayaquil, do Equador.
Correio do Povo